Foi sedutora, mas não escapou a uma pena de prisão de 30 anos. A femme fatale Angelina Barini, uma prostituta ítalo-canadiana, matou pelo menos quatro homens em Nova Iorque (EUA), provocando-lhes uma overdose de GBL — substância conhecida como “droga da violação”, por levar rapidamente à perda de sentidos — e fentanil. O propósito? Roubá-los.

Drogou e matou mais de uma pessoa por uns poucos dólares (…) A sentença significativa imposta ao réu é justificada pelo seu chocante desprezo pela vida humana”, justificou o procurador Breon Peace, em comunicado.

A trabalhadora do sexo não agiu sozinha naquele que é considerado o seu pior crime: o seu ex-noivo e narcotraficante, Leslie Lescano, foi cúmplice na morte do chef Andrea Zamperoni, que trabalhava no Cipriani Dolci em Manhattan.

Graças a mensagens trocadas pelos criminosos no Facebook, a 16 de agosto de 2019, foi possível confirmar o par agiu em conjunto. “Tenho uma oportunidade de negócio para ti…”, escreveu a mulher de 43 anos, pedindo assim ajuda ao amante. Lescano não hesitou: “Sim, minha rainha”, respondeu.

O modus operandi foi o já descrito e tudo se passou num motel a 18 de agosto de 2019. Três dias após o assassinato, Barini foi presa pela polícia no local do crime — o quarto — e onde o corpo de Zamperoni estava escondido num cesto de roupa suja. Mediatismo do caso à parte, a notícia abalou de tal forma a família da vítima que até hoje os pais permanecem em silêncio.

Por seu turno, o advogado Antonio Secci, que representou a família do chef nas fases iniciais do julgamento, considerou: “Sem o acordo de confissão e a opção de se declarar culpada, a mulher teria sido condenada à prisão perpétua”, cita-o o El Mundo.

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