A guerra não se faz só com soldados. Com a invasão das tropas russas à Ucrânia, os serviços de inteligência dos Estados Unidos forneceram às forças ucranianas informações detalhadas sobre quando e onde as bombas e os mísseis iriam cair. “A cooperação teve um impacto tático e estratégico. Há exemplos bem claros como isso [a cooperação] realmente fez a diferença”, considerou um funcionário do governo norte-americano que falou à NBC News sob anonimato.

A guerra das sombras: contrainformação de espiões ucranianos poderá ter levado a fracasso russo

Uma dessas histórias é a da destruição de um avião inimigo que transportava soldados para o aeroporto de Hostomel, perto de Kiev, ajudando a repelir parte do ataque russo que ocorreu no primeiro dia de guerra.

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Forças russas já controlam aeroporto militar nos arredores de Kiev

Estamos a fornecer regularmente informações detalhadas e oportunas aos ucranianos no campo de batalha para ajudá-los a defender o seu país contra a agressão russa e continuaremos a fazê-lo”, confirmou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em comunicado, citado pela mesma televisão norte-americana.

A CIA move esforços igualmente com o propósito de proteger o Presidente Volodymyr Zelensky das tentativas de assassinato levadas a cabo pela Rússia. Vigilância dos seus movimentos, proteção da sua localização e fornecimento de material tecnológico que impeça a realização de escutas telefónicas são alguns dos esforços dos serviços secretos norte-americanos, detalha o El Mundo.

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Uma das razões pelas quais a Rússia não conseguiu estabelecer o domínio aéreo é, igualmente, graças à partilha de informações quase em tempo real. Os EUA sugerem aos ucranianos como e para onde deslocar os sistemas de defesa antiaéreos ou caças, para evitar que sejam atingidos. Um especialista em inteligência observou, contudo, que não é apenas a informação fornecida que se mostrou decisiva na resistência do país invadido: é o desempenho dos ucranianos em usá-la.