O Presidente da Argentina congratulou-se por o Conselho dos Direitos Humanos da ONU ter reconhecido as violações de direitos humanos e políticos cometidas contra o antigo chefe de Estado do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

“A decisão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU de reconhecer a perseguição a Lula abre um novo horizonte para aqueles de nós que lutam contra o lawfare, pela justiça plena e pela plena vigência da democracia e do Estado de direito”, disse Alberto Fernández, na rede social Twitter.

Lawfare é um termo em inglês que significa uma perseguição judicial perpetrada por agentes do Estado.

“Quinta-feira ouvi o meu querido amigo Lula dizer que isso representa para ele uma ‘lavagem da alma’. Não pude deixar de lembrar as suas palavras e o abraço que demos quando o visitei durante os dias em que esteve detido numa detenção injusta”, afirmou.

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O Presidente argentino acrescentou que, “com a alegria desta notícia”, renova o “carinho e solidariedade incondicional com Lula, com a esperança de que comece uma nova era na América Latina”.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU concluiu que Lula da Silva não foi julgado por um tribunal imparcial e os direitos à privacidade e políticos foram feridos durante as investigações de corrupção.

Lava Jato violou garantias e direitos políticos de Lula da Silva no Brasil, diz ONU

Atualmente, Lula da Silva lidera todas as sondagens para as eleições presidenciais brasileira, marcadas para outubro, com mais de 40% das intenções de voto, à frente do atual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

Também na quinta-feira, Bolsonaro disse nas redes sociais que a Argentina está “em declínio”, dando como exemplo a criação de um novo imposto sobre “lucros inesperados” das empresas.

Bolsonaro também citou um artigo sobre o aumento dos preços da carne durante o governo de Alberto Fernández, fenómeno que também ocorreu no Brasil e se agravou em 2022, devido a pressões inflacionárias globais.

“A Argentina é produtora e exportadora de carne” e “aumentou o preço da carne três vezes em dois anos”, disse Bolsonaro, apontando que no Brasil o aumento foi inferior.