Uma congressista republicana do Estado do Ohio gerou polémica ao afirmar que uma gravidez gerada por uma violação é uma “oportunidade” para a vítima. A afirmação de Jean Schmidt aconteceu durante um debate na Câmara dos Representantes deste Estado norte-americano, quarta-feira, sobre uma proposta de lei que tem como objetivo proibir “quase na totalidade” os abortos, incluindo de uma gravidez que resulte de um caso de violação, segundo escreve o New York Post.

Quando confrontada com uma situação hipotética de uma rapariga de 13 anos violada que não poderia realizar um aborto ao engravidar em consequência do crime, Jean Schmidt assumiu: “É uma pena que tenha acontecido, mas há uma oportunidade para essa mulher, não importa o quão nova ou velha for, para tomar uma decisão sobre o que vai fazer para ajudar essa vida [o bebé] a ser um ser humano produtivo.”

A governante assume que uma violação é um caso “complicado” e que traumatiza a vítima para toda a vida. No entanto, para Jean Schmidt, quando uma criança é concebida está-se perante uma “nova vida humana” e realizar um aborto não vai apagar os traumas da violação.

O representante democrata Rich Brown demonstrou o seu desagrado com a afirmação da colega republicana – “a rapariga tem direitos, e não acho que possamos perder de vista dos direitos de uma pessoa que foi violada“, afirmou -, mas Schmidt manteve-se irredutível: “Esta rapariga tem direitos, mas também o bebé que está dentro dela”.

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