Os testes à Covid-19 feitos gratuitamente em farmácias vão deixar de ser financiados pelo Estado já a partir do dia 1 de maio. A portaria que estabeleceu este regime excecional e transitório não será renovada, avança o Público.

Como resultado do alívio das restrições no combate à Covid-19 — entre elas, o fim da obrigatoriedade da apresentação de um teste negativo ao SARS-CoV-2 para entrar em determinados sítios — quem hoje realiza testes de deteção do vírus é maioritariamente quem apresenta sintomas de infeção.

Covid-19. Fim da testagem massiva e alta circulação do vírus atira percentagem de casos positivos para níveis históricos

Ao Público, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) fez um raio-x do cenário de testagem desde o primeiro mês do ano: “Tivemos um pico de testes realizados em Janeiro, com 3,7 milhões de testes feitos nas farmácias. Em Fevereiro diminuiu logo bastante, para aproximadamente 1,7 milhões de testes. Em Março reduziu para os 800 mil“, explicou Ema Paulino, destacando que, apesar de os dados de abril ainda não estarem disponíveis, é expetável que os números diminuam ainda mais.

Sobre a medida que vai entrar em vigor este domingo, 1 de maio, considerou: “Os testes apenas deveriam continuar a ser comparticipados quando isso se justificar do ponto de vista clínico, ou seja, quando o médico assistente ou o centro de saúde o pedir, ainda que possam continuar a ser [solicitados] através do SNS24 em função dos sintomas”. Vincou igualmente que a queda da apresentação de um teste negativo “fez com que o pânico diminuísse”.

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