Os republicanos na Casa dos Representantes iniciaram, esta semana, mais uma etapa da luta que têm vindo a travar contra as atletas transgénero nos Estados Unidos da América.

Na terça-feira, o congressista republicano Jim Banks submeteu uma petição para reforçar a proposta de Lei pela Proteção de Mulheres e Raparigas no Desporto,  com o objetivo de impedir as atletas transgénero de competirem no escalão feminino das competições desportivas.

Esta proposta de lei foi introduzida em 2021 pelo também republicano Greg Steube, mas ainda não foi  aprovada. O movimento ganhou força novamente depois de Lia Thomas, uma atleta transgénero nascida inicialmente com o sexo masculino, ter conquistado uma medalha de ouro no campeonato universitário de natação feminina no mês de março.

Lia Thomas fez história, foi deixada sozinha num pódio e só quer estar em Paris. Pelo meio, é a nova cara da luta dos atletas transexuais

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A petição conta, segundo o Daily Mail, com 62 assinaturas de congressistas que pretendem que a proposta de lei seja votada antes de novembro. Contudo, são necessárias 218 assinaturas — ou seja, a mesma vai ter que contar com o apoio de democratas — para que a proposta de lei seja discutida antecipadamente.

Jim Banks afirmou que os republicanos “devem fortalecer a proteção das atletas femininas ao forçar os democratas a declarar publicamente se apoiam os direitos das mulheres a competir em terreno igualitário“.

Pemitir que homens biológicos compitam nos desportos femininos é anti-ciência e uma afronta às atletas femininas em todo o país”, defendeu também o republicano Greg Steube. “Temos visto esta prática impedir atletas talentosas de alcançarem os seus objetivos, retirando-lhes títulos e bolsas de estudo.”

Em janeiro, a Associação Nacional de Atletas Universitários estipulou que as entidades reguladoras das modalidades é que são responsáveis por dar o aval, ou não, a um atleta transgénero para competir. Com esta norma, a Associação de Natação dos EUA permitiu a Lia Thomas competir na modalidade feminina uma vez que esta já tinha completado um ano de tratamento hormonal. Mais tarde, a associação alterou esta norma, passando o período mínimo de tratamento hormonal de um ano para três.