A taxa de desemprego terá subido 0,1 pontos percentuais em março deste ano face ao mês anterior, fixando-se em 5,7%, segundo as estimativas provisórias do Instituto Nacional de Estatística (INE). Especificamente, a taxa de desemprego jovem (dos 16 aos 24 anos) teve uma subida mais expressiva, de 20,2% em fevereiro para 21,6% em março.

O INE estima que a população ativa (que é de 5,1 milhões de pessoas) tenha diminuído em relação a fevereiro, em 5,4 mil pessoas (-0,1%), motivado pela redução da população empregada em 8,8 mil pessoas (-0,2%, para 4,87 milhões), que foi superior ao aumento da população desempregada (3,4 mil, ou seja, 1,2%, para 295,9 mil).

Ao mesmo tempo, a população inativa subiu em 4,3 mil (0,2% para 2,4 milhões), o que o INE explica, “essencialmente”, com o acréscimo do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego (6,7 mil; 0,3%).

“Estes resultados determinaram as seguintes variações na taxa de desemprego que se situou em 5,7%: valor superior ao de fevereiro de 2022 em 0,1 p.p. e inferior ao de dezembro de 2021 em 0,1 p.p. e ao de março do mesmo ano em 0,9 p.p.”, escreve o INE, que reviu em baixa a taxa de fevereiro, de 5,8% para 5,6%.

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O instituto sublinha que “apesar da diminuição observada nos meses de 2022”, a população ativa continua “próxima do máximo dos últimos 10 anos registada, em dezembro de 2021 (5 187,4 mil pessoas)”. E a “taxa de emprego alcançou o seu valor mais elevado, desde fevereiro de 1998, em fevereiro de 2022 (63,8%)”.

Já a subutilização do trabalho abrangeu 593,1 mil pessoas, mais 2,9 mil (0,5%) face ao mês anterior, mas inferior ao de três meses antes (13,6 mil; 2,2%) e ao do período homólogo (79,7 mil; 11,8%).

O ligeiro aumento da taxa de desemprego global é explicada pela subida da taxa de desemprego jovem (dos 16 aos 24 anos), de 20,2% para 21,6%. Ainda assim, o indicador está abaixo do verificado em março do ano passado: 22,7%.