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A história das seis armas nucleares que os Estados Unidos perderam

Este artigo tem mais de 1 ano

O que aconteceu a seis armas nucleares perdidas pelos EUA? Da colisão nos ares que obrigou bombardeiro a lançar a bomba no rio ao desaparecimento misterioso, esta é uma história de muitos percalços.

Explosão nuclear
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Na história do armamento norte-americano, está igualmente documentado os cerca de 32 acidentes com armas nucleares

Getty Images

Na história do armamento norte-americano, está igualmente documentado os cerca de 32 acidentes com armas nucleares

Getty Images

Fruto de contratempos ou nem por isso, os Estados Unidos da América (EUA) já perderam pelo menos seis armas nucleares desde a Guerra Fria. Como? As circunstâncias nem sempre são claras, o Pentágono não esclarece muito, mas os registos e relatos que existem não deixam margem para dúvidas: é uma história de muitos azares.

1. A bomba nuclear Mark 4 largada no Pacífico

Quase cinco anos após o bombardeamento atómico de Hiroshima, a 13 de fevereiro de 1950, durante um “ataque simulado” contra a União Soviética, um bombardeiro B-36 norte-americano — que partiu do Alasca rumo ao Texas — começou a ter problemas no motor. Dificuldades na aterragem fizeram com que a tripulação largasse a bomba nuclear Mark 4 no Oceano Pacífico. Segundo o IFL Science, os militares alegaram que a bomba tinha “apenas” urânio e TNT (e sem plutónio) e, por isso, não era capaz de provocar uma explosão nuclear.

Seis fotos que mostram Hiroshima após a bomba e agora

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2. O mistério do Boeing B-47 Stratojet

A 10 de março de 1956, um Boeing B-47 Stratojet partiu da Base Aérea de MacDill, na Florida, em direção a Marrocos — um voo no qual não estavam previstas escalas — e com “duas cápsulas nucleares” a bordo. Era suposto o respetivo Boeing ser reabastecido a meio do voo, só que o avião encarregue desta tarefa não encontrou o B-47 Stratojet nos céus e, até hoje, não foram encontrados vestígios nem da aeronave nem do material nuclear, sendo desconhecido o que terá ocorrido no misterioso desaparecimento.

Boeing B-47 Stratojet In Flight An F-14A Tomcat fighter aircraft refueli

Na primeira imagem, está um Boeing B-47 Stratojet nos céus. A segunda imagem representa o processo de reabastecimento que era suposto ter ocorrido (aeronaves representadas não são as da situação descrita)

Bettmann Archive

3. A bomba nuclear Mark 15

Nas primeiras horas de 5 de fevereiro de 1958, um bombardeiro B-47, que carregava uma bomba nuclear Mark 15 com 3.400 quilos, colidiu acidentalmente com uma aeronave F-86 durante uma missão de treino de combate. O B-47 (já danificado devido à colisão) tentou aterrar várias vezes, mas sem sucesso e, então, a tripulação decidiu lançar a bomba na foz do rio Savannah, no estado da Geórgia, para conseguir pousar no solo. Onde foi parar? Ninguém sabe — e, como relata o IFL Science, parece não haver possibilidade de a recuperar.

4. As Mark 39 que não explodiram por muito pouco

A 24 de janeiro de 1961, outro percalço somava-se ao arquivo norte-americano: a asa de um bombardeiro B-52, que transportava duas bombas nucleares, as Mark 39, com potência de três ou quatro megatoneladas — energia libertada pela explosão de uma carga de dois ou três milhões de toneladas de TNT (trinitrotolueno) — partiu-se durante uma missão nos céus de Goldsboro, na Carolina do Norte. Uma das bombas aterrou intacta, pois o paraquedas de emergência abriu a tempo e ficou suspenso numa árvore e não detonou por pouco. A outra caiu em campos lamacentos ao redor da cidade e desintegrou-se mas não explodiu, tendo sido parcialmente recuperada. Em 2012, foi colocada uma placa perto do sítio onde o avião caiu.

5.  A arma nuclear que caiu do porta-aviões para o fundo do mar

Insólito ou não, a 5 de dezembro de 1965, uma aeronave A-4E Skyhawk — que, como em todos os casos, carregava uma arma nuclear — caiu do porta-aviões USS Ticonderoga, ancorado no Mar das Filipinas, perto do Japão. Só em 1989, noticiava o The New York Times, os EUA admitiram que o dispositivo perigoso estava no fundo do mar a cerca de 128 quilómetros de distância de uma ilha japonesa.

6. A arma que naufragou com o submarino Scorpion

Sem data definida, só se conhece o ano (1968), o exército dos EUA perdeu uma arma nuclear de tipo indeterminado que seria transportada pelo submarino Scorpion, movido a energia nuclear, que naufragou. Em 1981, informava o site UPI que o Pentágono recusou comentar a natureza das armas a bordo, mas uma fonte ligada à área da Defesa dos EUA disse que se tratava de pelo menos um míssil nuclear.

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