O BCP realiza esta quarta-feira a assembleia-geral anual de acionistas em que serão votadas os dividendos relativos a 2021 e a recondução de Nuno Amado e Miguel Maya como presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do banco, respetivamente.

O ponto um da ordem de trabalhos é relativo às contas de 2021 (lucros de 138,1 milhões de euros, menos 24,6% do que em 2020), e o ponto dois é relativo à aplicação de resultados do exercício desse ano.

Em 2021, o BCP teve lucros de 138,1 milhões de euros, menos 24,6% do que em 2020, sobretudo devido às provisões para perdas com créditos em francos suíços da operação da Polónia.

Sem esses encargos de 532,6 milhões de euros, o BCP teria tido em 2021 um lucro de 404,9 milhões de euros.

Para dividendos, a administração propõe 13,6 milhões de euros (0,09 cêntimos por ação) e para os trabalhadores cerca de 5,69 milhões de euros.

Em fevereiro, o presidente não executivo (chairman) do BCP, Nuno Amado, disse que a administração defendia o retomar do pagamento de dividendos, mas que iria propor em assembleia-geral a distribuição de um “valor muito moderado” relativamente a 2021.

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“Entendemos que seria bom retomar o pagamento de dividendos relacionados com os resultados de 2021, mas iremos fazê-lo de forma moderada, a atual situação não ajuda”, afirmou Nuno Amado na conferência de imprensa de apresentação das contas do BCP de 2021.

Nesta reunião magna, que se realiza às 14h30, no Tagus Park, em Oeiras (distrito de Lisboa), prevê ainda a deliberação sobre a atualização da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, assim como sobre a aquisição e alienação de ações e de obrigações próprias.

Nesta assembleia-geral irão ainda a votação Nuno Amado e Miguel Maya para a sua recondução como presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do banco, respetivamente.

A proposta para a eleição de membros do Conselho de Administração, para o quadriénio 2022/2025, contempla assim Nuno Amado para desempenhar funções de presidente do Conselho e Miguel Maya para “desempenhar funções de vice-presidente do Conselho, a designar presidente da Comissão Executiva”, lê-se num comunicado divulgado em 11 de abril.

Além disso, a proposta para os órgãos sociais do banco inclui Jorge Manuel Baptista Magalhães Correia para vice-presidente, Valter Rui Dias de Barros para desempenhar funções de vice-presidente e vogal da Comissão de Auditoria, Cidália Maria Mota Lopes como vogal do Conselho e presidente da Comissão de Auditoria, Fernando da Costa Lima para vogal do Conselho e da Comissão de Auditoria e Clara Patrícia Costa Raposo como vogal do Conselho e membro Suplente da Comissão de Auditoria.

Além disso, os órgãos sociais irão ainda contar com Ana Paula Alcobia Gray, João Nuno de Oliveira Jorge Palma, José Miguel Bensliman Schorcht da Silva Pessanha, Lingjiang Xu, Lingzi Yuan (Smilla Yuan), Maria José Henriques Barreto de Matos de Campos, Miguel de Campos Pereira de Bragança, Rui Manuel da Silva Teixeira, Teófilo César Ferreira da Fonseca e Xiaoxu Gu (Julia Gu).

O BCP tem como principal acionista o chinês Grupo Fosun, com 29,93% do capital social, seguido do angolano Grupo Sonangol, com 19,49%, tendo o fundo Blackrock 2,68% e o Grupo EDP 2,06%, segundo as últimas informações que constam do site do banco (referentes a 30 de junho de 2021).