A União Europeia espera que os países da América Latina possam chegar a uma posição comum antes da COP15, uma conferência sobre a biodiversidade, referiu esta terça-feira comissário europeu para o Ambiente, Virginijus Sinkevicius, em visita a Buenos Aires.

Neste momento, estas posições estão um pouco distantes, mas já visitei a Colômbia, Brasil e Argentina e vou agora ao Uruguai, e acho que não estão assim tão distantes uns dos outros”, referiu Virginijus Sinkevicius em declarações à agência EFE.

“Trabalhamos juntos para entender as posições e diferenças de cada um, para tentar seguir em frente”, acrescentou, no final da visita a Buenos Aires.

O comissário europeu iniciou a viagem à Argentina na segunda-feira, com uma visita a Ushuaia, a cidade mais austral do mundo e que está “diretamente relacionada” com as questões da Antártida.

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Uma das pretensões da União Europeia (UE) para aquela região é a criação de uma área marinha protegida, que se for concretizada irá cobrir “01% de toda a superfície oceânica”, segundo Sinkevicius.

Há anos que estão três propostas sobre a mesa, duas delas defendidas pelo organismo europeu, e que propõem a declaração de vastas áreas da Antártida Oriental e do mar de Weddell como áreas protegidas, que ultrapassariam três milhões de quilómetros quadrados.

A terceira proposta, promovida pela Argentina e Chile, abrange uma área de 650 mil quilómetros quadrados ao redor da Península Antártica, segundo a Organização Não-Governamental The Pew Charitable Trusts.

Durante o encontro de terça-feira com o chanceler argentino Santiago Cafiero, o comissário europeu afirmou que a UE “apoia” a proposta apresentada pela Argentina e Chile, países com os quais continuará a trabalhar esta matéria.

Virginijus Sinkevicius também manteve encontros com o ministro da Agricultura argentino, Julián Domínguez, e com o ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandié, com quem discutiu a próxima Convenção para a Biodiversidade Biológica (COP15) e os “passos concretos” a serem dados para promover a transição verde nos setores agrícola e da pesca.

Para a Comissão Europeia esta jornada diplomática é um “passo importante” tendo em vista a Convenção para a Biodiversidade Biológica (COP15), que se realiza na China no terceiro trimestre do ano, na qual “a UE está a assumir um papel de liderança na promoção de um ambicioso quadro global de biodiversidade pós-2020”.