Em Pequim vivem cerca de 22 milhões de pessoas e, numa capital tão populosa, a política de tolerância zero à Covid-19 da China continua a deixar as ruas (praticamente) desertas e os negócios — à exceção de supermercados e lojas de fruta e vegetais — fechados. Pior está quem vive nos bairros onde foram detetados casos de Covid-19, já que estão totalmente isolados.

Uma nova regra foi acrescentada esta quarta-feira às já múltiplas restrições com que os chineses vivem: cerca de 10% das estações do vasto sistema de metropolitano de Pequim foram encerradas.

Pequim encerra parte do sistema de metro para combater propagação do vírus

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Numa altura em que a China acaba de celebrar as férias do Dia do Trabalhador — assinaladas de 30 de abril a 4 de maio — o regresso ao trabalho foi encorajado a ser feito remotamente, pelo menos no distrito de Chaoyang, de acordo com a Agência France Presse.

Zhan Jun, residente deste distrito com 3,5 milhões de habitantes, disse à AFP que, por enquanto, a situação é “aceitável”, ressalvando que “se as coisas seguirem o rumo de Xangai, se for muito severo, aí as coisas irão soar diferentes”.

“Presos” em Xangai. Covid-19 retém milhões em casa. Falta comida e medicamentos

Também a massagista Feng Yinhao afirmou à agência de notícias que o que se passa em Pequim “ainda é normal” comparativamente ao cenário da maior cidade da China, confinada há mais de um mês.