Quaranta e cinco minutos de aviso para o que falta ainda da temporada, 45 minutos de exemplo para o que falta ainda da temporada. Mais do que em qualquer um dos 57 jogos feitos até agora esta época, o Liverpool apresentou duas caras na deslocação a Espanha para defrontar o Villarreal, deixando que o conjunto do La Cerámica conseguisse ainda empatar a eliminatória antes de um vendaval de futebol ofensivo que provocou não só a reviravolta na eliminatória como no resultado, num 3-2 que carimbou a terceira final da Liga dos Campeões nos últimos cinco anos. E sendo certo que a atitude e disposição da equipa mudou ao intervalo, houve uma mexida que empurrou também para essa viragem: a entrada em campo de Luis Díaz.

Luis entrou para mostrar que meio Dia não são Díaz: Liverpool vence Villarreal com reviravolta e volta à final da Champions

O colombiano marcou um golo e foi o dínamo de muitas das jogadas ofensivas dos reds numa segunda parte onde o Villarreal quebrou por completo a nível físico e anímico. De forma natural, e mais uma vez na presente temporada, terminou como MVP e a ser o alvo de todos os elogios. “Teve um impacto importante. Em qualquer equipa do mundo há espaço para um jogador de classe mundial, por isso estávamos tão desesperados por garantir a contratação. Faz toda a diferença. Comunica com toda a agente sem falar inglês, é muito próximo de Curtis e Harvey [Elliott]. Não faço ideia como comunicam…”, referiu Klopp.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Sempre que o Liverpool contrata um jogador, tu pensas: ‘Eles fizeram o devido trabalho de casa’. É só vermos o Luis Díaz. Era alguém que seguia nos últimos meses e pensava: ‘Meu Deus, é este jogador que o United tem de contratar’. Depois, o Liverpool é que garantiu a contratação e pensei: ‘Não! Como estamos a falhar estes jogadores? Não consigo perceber'”, comentou Quinton Fortune, antigo jogador do Manchester United. “A resposta em janeiro foi não, que não havia nenhum jogador no mercado que fosse capaz de nos ajudar. Mas havia alguns: o Díaz, que está no Liverpool, o Álvarez, que vai para o City, e o Vlahovic, que na altura ainda estava na Fiorentina”, admitiu Ralf Rangnick, técnico dos red devils.

Depois de ter feito 16 golos em 28 jogos pelo FC Porto, o que dava ao colombiano a possibilidade não só de ganhar o Campeonato como a Taça de Portugal, Luis Díaz conquistou a Taça da Liga e corria ainda por três outros títulos: Taça de Inglaterra (final no próximo sábado com o Chelsea), Campeonato inglês e Liga dos Campeões (final no dia 28 diante do Real Madrid). No entanto, tinha agora o desafio teoricamente mais difícil nas quatro jornadas que faltavam ainda da Premier League, numa receção ao Tottenham que reabriu as contas da prova ao ganhar em Manchester ao City num jogo de loucos com dois golos nos descontos. E o resultado do encontro seria decisivo para o que falta até ao final da temporada.

Não foi por Díaz: após ter sido campeão português durante a primeira parte com a vitória do FC Porto na Luz com o Benfica, o colombiano conseguiu ainda empatar o encontro a um quarto de hora do final após um golo inaugural de Son mas não foi a tempo de consumar a reviravolta, numa noite em que o Liverpool não foi além de uma igualdade que poderá comprometer a apertada luta pelo título na Premier.

Em atualização