Em Portugal, não deverão existir muitas pessoas que desconheçam o carro de cesto madeirense, aquele cadeirão em vime colocado sobre uns patins em madeira de pinho (ensebado para escorregar melhor e não desgastar tão rapidamente os patins), que desce do Monte ao Livramento. O trajecto tem apenas dois quilómetros, percorridos em cerca de 10 minutos, e se nas rectas a velocidade máxima pode atingir 38 km/h, as curvas são descritas com o carro de cesto todo atravessado, curvando com a ajuda dos carreiros, os dois homens que conduzem o veículo monte abaixo.

Os carros de cesto nasceram em 1850 para transportar carga do Monte para a cidade, mas hoje servem sobretudo para divertir os turistas, assumindo-se como uma das atracções turísticas mais emocionantes da região. Desta vez, um dos turistas que tropeçou no popular trenó da Madeira foi o youtuber Tom Scott, canal onde conta com quase 5 milhões de subscritores.

O youtuber, focado em experiências diferentes do habitual, descreve no seu vídeo (que pode ver em baixo) como funciona o tobogã do Funchal e como os carreiros o levam a curvar e o conseguem travar. A popularidade de Tom Scott e a espectacularidade das imagens levaram o vídeo, publicado há apenas duas semanas, a ser visto 1,1 milhões de vezes. A isto juntam-se os inúmeros artigos que foram publicados por esse mundo fora, tendo o vídeo do inglês como pano de fundo e a curiosidade que existe de momento em relação a formas de transporte não poluente. Os carros de cesto não emitem NOx, nem partículas (talvez libertem umas quantas lascas de madeira). Já em relação ao CO2, apenas pode ser considerado o exalado pelos carreiros, sobretudo quando realizam um esforço superior, e o metano que os passageiros podem “libertar”, em caso de susto…

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