É tudo uma questão de moda. Os monovolumes, que foram muito populares há uma ou duas décadas, foram recentemente ultrapassados pelos SUV e crossovers, com uma imagem mais radical e uma maior altura ao solo. Daí que o Scénic, um dos modelos mais populares da Renault, tenha sido descontinuado, não por uma questão de estratégia, mas porque o volume de vendas desceu a ponto de o tornar inviável.

O Scénic entrou na gama da marca francesa em 1996 e vendeu 2,8 milhões de unidades na sua primeira geração. As vendas começaram a cair e, em 2011, apenas colocou 160 mil veículos no mercado. Passados 10 anos, a última geração do monovolume, muito mais sofisticada e agradável, sucumbiu por completo à pressão dos SUV e não cativou mais do que 20 mil clientes.

A Renault já não aceita encomendas para o Scénic, retirado oficialmente do mercado, e o mesmo irá acontecer muito em breve ao Grand Scénic, o seu “irmão” maior e mais espaçoso, com três filas de bancos para acomodar até sete pessoas. As vendas do Grand Scénic há muito que não impressionam os responsáveis pela Renault, pelo que a versão mais comprida do monovolume vai rapidamente juntar-se à versão mais curta e ao Talisman, também ele descontinuado.

Nem só os monovolumes da Renault estão a ser pouco populares junto dos compradores, pois também a Citroën perdeu o interesse no Grand C4 Space Tourer, que deverá ser retirado do mercado antes do Verão, seguindo o mesmo destino dos monovolumes Sharan da VW e Alhambra da Seat, cancelados em 2020.

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