O ministério da Defesa russo acusou, esta quarta-feira, os Estados Unidos da América de realizarem “atividades militares biológicas” em laboratórios ucranianos, tendo a ajuda de duas empresas farmacêuticas que desenvolveram a vacina da Covid-19 — a Pfizer e a Moderna. A Rússia eleva o tom das acusações, garantindo também que tem provas de que o “Pentágono conduziu experiências inumanas num hospital psiquiátrico” em Kharkov.

Segundo a TASS, Igor Kirillov, chefe do departamento da Proteção Radioativa, Química e Biológica do ministério da Defesa russo, assegura que quem está por detrás destas atividades é a cúpula do Partido Democrata norte-americano, responsabilizando, entre outros, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e a ex-candidata às eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton.

De acordo com a Rússia, as autoridades executivas norte-americanas conseguiram financiar estas operações em território ucraniano com dinheiro proveniente diretamente dos cofres do Estado. “Grandes empresas farmacêuticas também estão envolvidas neste esquema, incluindo a Pfizer, a Moderna”, a “Merck” — empresa que produziu um antiviral contra a Covid-19 — e ainda a Gilead, uma “empresa com ligações ao departamento militar norte-americano”.

O objetivo dos EUA seria, segundo Igor Kirillov, conseguir produzir medicamentos não cumprindo os padrões internacionais de segurança. “Como resultado, as empresas do Ocidente reduziram seriamente os custos dos seus programas de pesquisa e ganhariam vantagens competitivas significativas”, apontou o mesmo responsável, que também defendeu que este processo seria uma maneira de o Partido Democrata manter um esquema de lavagem de dinheiro.

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E não é só. Igor Kirillov descreve um cenário em que o Departamento de Estado norte-americano tem como finalidades criar armas biológicas e obter informações sobre a resistência a determinados antibióticos, bem como estudar a presença de anticorpos de certas doenças entre alguns setores da população.

Também a Ucrânia está envolvida neste esquema, garantem os russos: “As agências governamentais ucranianas fazem parte destas atividades militares e biotecnológicas, cujas principais tarefas passam por esconder atividades ilegais, conduzir ensaios clínicos e fornecer o material necessário“. Por sua vez, desde o início da invasão que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou que tal tivesse alguma vez acontecido.

O ministério da Defesa russo alega ainda ter provas de que os Estados Unidos levaram a cabo “experiências inumanas” num hospital psiquiátrico perto de Kharkov: “O principal grupo envolvido nestas experiências era constituído por homens entre os 40 e os 60 anos que sofrem de exaustão física extrema”.

Salientando que quem realizou as experiências foram “pessoas de países terceiros”, Igor Kirillov relata que os especialistas “foram retirados do país” e o equipamentos usados foram levados “para a parte mais ocidental da Ucrânia”.