Uma mulher no Estado norte-americano do Ohio declarou-se culpada de vender lagostins-mármore a pessoas em 36 Estados dos EUA. Allison Spaulding foi acusada depois de o Ohio introduzir uma lei em 2020 que passou a designar estes animais como “espécie invasora”, escreveu o The Guardian.

Estamos a tentar afastá-los do ambiente uma vez que têm o potencial para danificar seriamente o ecossistema”, explicou Justus Nethero, zoólogo do departamento de recursos naturais de Ohio. “Espero que seja o ponto de partida para que este lagostim seja colocado na lista federal como uma espécie invasora, porque estas coisas têm de começar em algum lado.” O animal está banido em vários estados, mas não a nível nacionais.

Através do eBay e do Craigslist, plataformas de venda online, Allison Spaulding vendia os animais que criava num aquário em casa — havia entre 400 a 500 lagostins no seu reservatório. Agora, pode ser condenada a um ano de prisão e uma multa de 100 mil dólares, o equivalente a cerca de 96 mil euros.

Estes lagostins tiveram origem numa única fêmea que sofreu uma mutação que tornou a espécie numa autêntica praga: clona-se a si própria. Os lagostins-mármore são todos fêmeas, têm garras, 10 patas e podem atingir mais de 10 centímetros de comprimento, além de fertilizarem os seus próprios ovos (podem ser 700 por cada lagostim).

Algumas pessos compravam os lagostins para terem como animais de estimação, mas, dada a sua capacidade de clonagem, a maior parte deles eram utilizados como uma fonte autossustentável de comida para outros animais.

A espécie espalhou-se pela Europa depois de muitos animais terem sido despejados em rios e lagos . Os seus ovos podem ser levados inadvertidamente pelo saneamento até aos rios, aquando das limpezas dos aquários.

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