Um estudo realizado por cientistas chineses com base em dados recolhidos pela sonda que o país colocou em Marte apresentou novas evidências de que houve água no Planeta Vermelho, informou esta sexta-feira a imprensa oficial.

O rover, designado Zhurong, enviou dados sobre as características dos sedimentos e minerais da parte sul da extensa planície conhecida como Utopia Planitia, localizada no hemisfério norte de Marte.

De acordo com as descobertas do Centro Nacional de Ciências Espaciais da China, existem “minerais hidratados que podem ser explorados, durante futuras missões tripuladas a Marte”.

O estudo, publicado na revista Science Advances, revela a existência de água líquida durante a Era Amazónica – a mais recente era geológica em Marte – numa grande bacia de impacto, somando-se a outros indícios que sugerem que a existência dessa matéria teria “persistido por muito mais tempo do que se acreditava anteriormente”.

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Existe a possibilidade deste local armazenar água na forma de minerais hidratados e gelo de superfície, apontou o estudo.

A China já havia publicado outra pesquisa, em março, que sugeria que a área onde a sonda Zhurong pousou, em maio de 2021, pode ter sofrido erosão pelo vento ou pela água no passado.

O rover faz parte da missão Tianwen-1, que também é composta por uma nave em órbita e um módulo de pouso.

Tianwen-1 é a primeira missão de exploração da China a Marte e visa encontrar mais evidências de existência de água ou gelo naquele planeta, bem como realizar pesquisas sobre a composição material da superfície ou as características do clima.