O presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Khalifa bin Zayed Al Nahyan, morreu esta sexta-feira, aos 73 anos. A causa da morte não é conhecida.

A informação foi avançada pela agência estatal WAM, que publicou também um comunicado do ministério dos Assuntos Presidenciais onde se confirma a morte do xeque, “líder deste país e chefe da sua marcha”, como se lê na nota.

O mesmo ministério anunciou um período oficial de luto que durará 40 dias, durante o qual as bandeiras oficiais estarão a meia haste, a começar a partir desta sexta-feira. Será também suspenso o trabalho “nos ministérios, departamentos de instituições locais e federais, e no setor privado”, durante três dias.

Como a CNN recorda, o papel do Presidente vinha sendo cada vez mais formal e menos prático, depois de ter sofrido um enfarte e ter sido na sequência disso operado, em 2014. Desde essa altura que o seu irmão e príncipe de Abu Dhabi, o xeque Mohammed bin Zayed, tem sido considerado, na prática, o líder do país e o responsável pelos assuntos do dia a dia.

Em 2004, o xeque sucedeu na Presidência dos Emirados Árabes Unidos ao seu pai, o xeque Zayed al Nahyan, que fundou o país. Era o filho mais velho e era, antes de assumir a presidência, o príncipe de Abu Dhabi, fazendo precisamente o papel de Presidente de facto na altura em que o pai começou a enfrentar problemas de saúde, antes de acabar por morrer.

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Khalifa bin Zayed al-Nahyan. O xeque que encheu os depósitos da mansão inglesa com água Evian

Enquanto Presidente, o xeque dirigia um dos maiores fundos de investimento do mundo, o Abu Dhabi Investment Authority, e era considerado um dos governantes mais ricos do mundo e conhecido por muitos gastos extravagantes. A torre mais alta do mundo, a Burj Khalifa, nos Emirados, foi assim batizada em homenagem ao xeque.

Como recorda o Globo, segundo a Constituição do país, caberá agora ao vice-presidente e primeiro ministro, Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, assumir o poder interinamente. Caberá ao conselho federal, formado pelos líderes dos sete emirados, escolher um novo presidente nos próximos 30 dias.