O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou esta sexta-feira, na Alemanha, ao aumento da pressão sobre a Rússia e do isolamento internacional deste país, anunciando mais 500 milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia.

Em declarações à entrada da reunião do grupo do G7 (as sete maiores economias mundiais), Borrell afirmou esperar que do encontro saia “mais pressão sobre a Rússia, com sanções económicas, uma continuação do trabalho de isolamento internacional da Rússia, contrariando a desinformação sobre as consequências da guerra — sobre os preços da energia e dos alimentos em todo o mundo — e a apresentação de uma frente unida para continuar a apoiar a Ucrânia”.

Do lado da União Europeia (UE), Borrel salientou que chega a esta reunião do G7, ao nível dos ministros dos Negócios Estrangeiros, com o anúncio de “uma nova quantia de 500 milhões de euros para ajuda militar”, de um total “de cerca de dois milhões” já disponibilizados pelo bloco comunitário à Ucrânia.

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O Alto Representante da UE para a Política Externa afirmou ainda que estes 500 milhões de euros “serão atribuídos para armas pesadas”.

“Atualmente, estamos a fornecer veículos blindados, tanques, artilharia pesada e munições”, acrescentou, sublinhando esperar que o G7 concorde também em aumentar o apoio militar à Ucrânia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 iniciaram, na quinta-feira, uma reunião de três dias em Schloss Weissenhaus, na costa do Mar Báltico, na Alemanha, país que ocupa atualmente a presidência anual rotativa do grupo.

Além da Alemanha, o G7 integra Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a UE a participar também nas reuniões do grupo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.