Não foi a melhoria que tanto queria, capaz de valer um lugar no pódio, serviu para ganhar duas posições na classificação geral do Mundial. O quarto lugar na Cidade do México e o sexto posto na primeira corrida de Roma não tiveram continuidade na segunda prova no circuito transalpino (13.º) mas a quinta posição de António Félix da Costa no Mónaco funcionou apesar de tudo como um estímulo para as duas corridas em Berlim que marcariam a chegada a meio do calendário de 2022, até por ser um lugar condicionado por uma qualificação que não permitiu que confirmasse os bons tempos dos treinos livres.

O bom que podia ser melhor: Félix da Costa faz segundo melhor resultado do ano com quinto lugar no Mónaco ePrix

“Agora o foco é lutar pelos lugares do pódio e não pensar em Campeonato, mais tarde logo se verá”, tinha referido o piloto português que no último fim de semana chegou a essas posições de pódio mas no Mundial de Resistência, poucos dias depois de ser notícia no The Race por uma mudança à vista: Stoffel Vandoorne, atual líder do Mundial, vai deixar a Mercedes (que vai deixar o Mundial de Fórmula E e será substituída pela McLaren, já confirmada oficialmente) e rumar à DS Techeetah que passará a ser DS Penske, Jean-Éric Vergne também vai permanecer na equipa e António Félix da Costa deverá substituir Andre Lotterer na Porsche, fazendo equipa em 2023 na Fórmula E com o germânico Pascal Wherlein.

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Confirmações em relação a esta mais do que provável dança de cadeiras, nem uma. Todos os focos estavam no Berlim ePrix 1, a primeira de duas corridas este fim de semana no circuito do aeroporto de Tempelhof. E com bons resultados a abrir para Félix da Costa, que garantiu o terceiro lugar na grelha de partida.

A confiança do português era evidente, algo que só não foi tão visível em termos práticos no Mónaco pela qualificação que o deixou a sair da décima posição. Em Berlim, Félix da Costa não demorou a mostrar que queria mais e, depois de um primeiro ataque logo nas curvas iniciais a Alexander Sims sem sucesso, não demorou a saltar para a segunda posição apenas atrás do líder Edoardo Mortara, um posto que manteve até poucos momentos antes de sair para attack mode, quando foi ultrapassado por Wherlein.

O piloto da DS Techeetah desceu até à sexta posição, chegando a terceiro no momento do final do tempo de attack mode atrás de Mortara e Lotterer e à frente do companheiro de equipa Vergne. No segundo cenário de attack mode, as contas já eram mais complicadas, partindo do sétimo posto com mais carros e mais tempo para tentar recuperar mas chegando agora a quarto, com Mortara, Vandoorne e Lotterer na frente. A sete minutos do final da corrida, Vergne já estava na frente, conseguiu lugar de pódio e era o português a apertar com Lotterer para voltar à quarta posição e tentar ainda um lugar no pódio. Não conseguiu. E, na última volta, acabou mesmo por ser ultrapassado por Evans, Wherlein e Bird, acabando em oitavo. 

Com este resultado, Félix da Costa manteve o décimo lugar do Mundial agora com 34 pontos, ficando mais próximo de Lucas de Grassi e Nyck de Vries. Na frente, Jean-Éric Vergne conseguiu aproximar-se mais um pouco do líder Stoffel Vandoorne (96-93), enquanto Edoardo Mortara subiu ao quarto posto (77).