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Francisca Sandoval, a primeira jornalista morta desde que a democracia regressou ao Chile. Foi baleada em trabalho no 1 de Maio

Este artigo tem mais de 1 ano

Francisca Sandoval foi baleada enquanto trabalhava no dia 1 de Maio. Esta o primeiro homicídio de um jornalista no Chile desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet.

Demonstration For The Death Of Journalist Francisca Sandoval In Santiago, Chile
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"As balas não vão calar a verdade" lê-se nos cartazes dos manifestantes em frente ao hospital onde Francisca se encontrava internada

NurPhoto via Getty Images

"As balas não vão calar a verdade" lê-se nos cartazes dos manifestantes em frente ao hospital onde Francisca se encontrava internada

NurPhoto via Getty Images

A jornalista chilena Francisca Sandoval morreu, esta quinta-feira, após ter sido baleada na cabeça enquanto cobria a manifestação no Dia do Trabalhador no bairro Meiggs em Santiago, no Chile.

O óbito da jornalista de 29 anos foi confirmado pelo Hospital de Urgência e Assistência Pública, no centro da capital, onde estava internada desde o dia fatal: foi operada e manteve-se durante 12 dias em suporte avançado de vida mas nunca apresentou melhorias neurológicas e sofreu uma falha multiorgânica, que se revelou fatal.

Sandoval é a primeira jornalista morta em trabalho desde o regresso da democracia ao Chile em 1990, recorda o El País. A jovem foi baleada no rosto por Marcelo Naranjo, acusado dos crimes de homicídio, porte ilegal de arma e disparos injustificados. O chileno, que já tinha cadastro por crimes de porte de armas de fogo e tráfico de drogas em 2007, 2011 e 2014, é até agora o único suspeito da morte Francisca.

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Tudo aconteceu quando um grupo de manifestantes provocou incidentes junto dos negócios de vendedores ambulantes em Meiggs. Houve roubos, barricadas, confrontos com a polícia e até lançamento de cocktails molotov. Os vendedores, vinculados às máfias, segundo o El País, responderam com disparos, dos quais resultaram três feridos: duas mulheres e um homem. Sandoval era a vítima em estado mais grave.

O Canal 3 de La Victoria no Chile, para o qual Francisca Sandoval trabalhava, deixou uma despedida emotiva na rede social Twitter: “Francisca não nos deixou. Eles assassinaram-na”.

International Labor Day in Chile

Anadolu Agency via Getty Images

Durante os vários dias em que Francisca se encontrava hospitalizada, foram muitos os manifestantes que se concentraram-se à porta do hospital para exigir justiça. No dia 3 de maio, o Presidente chileno, Gabriel Boric, reuniu-se com a família da jovem, tendo sido vaiado à saída, segundo o El País.

Após a confirmação da morte, Boric apresentou as suas condolências através da página oficial do Twitter, tendo condenado o clima de violência que se vive na América Latina que considera ser prejudicial à democracia. Assegurou ainda que o crime não ficará impune.

“É assim que começam as piores tragédias da América Latina, a atacar a imprensa”, advertiu o Presidente chileno.

A Comissão de Proteção aos Jornalistas exigiu um apuramento de responsabilidades, segundo o Biobiochile, e exigiu ao governo que ofereça garantias aos jornalistas para que estes “possam realizar o seu trabalho sem colocar as vidas em risco”.

Segundo informações recolhidas pelo jornal chileno, foi decretado um período de investigação de 90 dias, tendo o governo apresentado uma queixa com pedido de acusação criminal dos responsáveis.

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