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As danças, o desfile e "a alegria do costume": milhares de portistas voltaram a festejar o título nos Aliados

Este artigo tem mais de 1 ano

Em noite de euforia, a segurança foi reforçada e o FC Porto voltou à Avenida dos Aliados para festejar o 30.º título de campeão nacional com milhares de adeptos. "É do melhor que se pode ter".

Avenida dos Aliados voltou a ser o palco da festa portista e recebeu a equipa do FC Porto
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Avenida dos Aliados voltou a ser o palco da festa portista e recebeu a equipa do FC Porto

(Rui Oliveira/Observador)

Avenida dos Aliados voltou a ser o palco da festa portista e recebeu a equipa do FC Porto

(Rui Oliveira/Observador)

A festa estava ainda a arrancar ao final da tarde, mas Augusto Vila Pouca e Maria Pinto, de 70 anos, já guardavam lugar na Avenida dos Aliados, que este sábado voltou a encher-se com milhares de adeptos para receber a equipa do FC Porto e celebrar a conquista do 30.º campeonato nacional. “Estivemos na Sé, nos fados, e viemos para aqui agora. E continua a ser aquilo que era antes. É do melhor que se pode ter”, revelava Augusto. “Tripeiros de gema” — ele de Miragaia, ela das Fontaínhas –, puderam voltar aos Aliados para festejar o título desta época, mas também para fazer a festa que há dois anos a pandemia impediu — “É a alegria do costume”.

O jogo do FC Porto contra o Estoril tinha terminado e a música já ia ecoando pela Avenida, com o palco já montado para o habitual desfile da equipa e os ecrãs que acompanhavam cada passo da festa, juntamente com um speaker que ia animando os adeptos já presentes. O dispositivo de segurança era também visível e reforçado desde cedo — uma preocupação que se agravou depois da morte de um adepto na semana passada durante os festejos no Dragão.

As autoridades estiveram em nível máximo de alerta: o acesso pedonal à Avenida dos Aliados esteve sujeito a controlo em cinco pontos de acesso e foram implementadas medidas similares às de entrada em recintos desportivos, como a proibição de mochilas ou outro tipo de sacos, além da presença de elementos da PSP que se foi fazendo sentir um pouco por todo o perímetro.

Dos mais novos aos mais velhos, foram milhares os adeptos que quiseram festejar na Avenida dos Aliados

(Rui Oliveira/Observador)

Já dentro da avenida, houve quem tivesse dado um passo de dança para passar o tempo, aproveitado as bancas de cerveja que se encontravam instaladas ao fundo da rua ou os típicos vendedores de cachecóis e balões luminosos, mas também quem quisesse apenas aproveitar para descansar no chão, nas paragens de autocarro e nos muros mais próximos enquanto os principais momentos da festa não aconteciam. Do “Tá Bonito”, de Ágata, ao “We Are The Champions”, dos Queen, a música serviu para todos os gostos enquanto chegavam milhares de pessoas, muitas delas crianças que pela primeira viam a festa do FC Porto nos Aliados.

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Artur, de sete anos, foi um desses exemplos. Equipado com a camisola do FC Porto, guardou lugar bem junto à passadeira que recebeu o desfile no final da noite. Na lista dos jogadores que mais queria ver estavam Otávio e Evanilson. “É a primeira vez que participamos na festa. Somos do Brasil, mas estamos a morar aqui”, contou Samuel, o pai.

Já José Santos e a irmã, Ana Santos, são de Gondomar e presença assídua nas festas do título nos Aliados. “É sempre bom e especial ser adepto do FC Porto e poder festejar mais um título, mesmo depois das inúmeras armadilhas que nos foram criando ao longo da época”, referiu José, enquanto espera pela chegada do trio elétrico que transportou a equipa desde o Estádio do Dragão até aos Aliados. Para este adepto portista, o grande mérito do sucesso “vem do trabalho de Sérgio Conceição”, mas quem torna tudo especial são também “os adeptos incríveis deste clube”.

Mais à frente, Fátima Andrade ia dançando para passar o tempo e já conhecia quase ao detalhe as festas nos Aliados. “Venho cá desde criança”, refere. “Foi uma época sofrida, mas conseguimos. Teve um gostinho especial festejar na semana passada depois da vitória no Estádio da Luz e agora volto aqui. É o melhor do mundo”, dizia, enquanto no fundo já se volta a cantar “campeões, campeões, nós somos campeões”.

Este é o 30.º campeonato nacional conquistado pelo FC Porto, que esta época bateu também o recorde de pontos

(Rui Oliveira/Observador)

Danças, Conceição ao som de “Bolare” e o desejo dos adeptos: “Agora siga para a Taça de Portugal”

A chegada do autocarro à Avenida dos Aliados foi o primeiro grande momento de maior apoteose. O autocarro panorâmico viajou lentamente desde o Estádio do Dragão, com os jogadores a fazerem a festa com os adeptos que estavam nas ruas, e parou perto da meia noite junto à Câmara Municipal do Porto, onde a equipa foi recebida pelo autarca Rui Moreira.

Numa curta cerimónia, os dragões receberam as Chaves da Cidade, com um cumprimento especial entre Rui Moreira e Pinto da Costa que foi efusivamente aplaudido pela multidão que assistia com atenção nos ecrãs do exterior. “O FC Porto é um dos grandes responsáveis pela divulgação da nossa cidade pelo Mundo. Assim, o nosso presidente decidiu atribuir as chaves da cidade ao FC Porto por ocasião da conquista do 30.ª Campeonato”, referiu a autarquia.

Depois da tão esperada ida à varanda da Câmara do Porto para exibir a taça (transportada por Pepe e Sérgio Conceição e, mais tarde, com Pinto da Costa ao lado) e cumprimentar a mancha azul que estava na Avenida dos Aliados, seguiu-se o tradicional desfile. Um a um, de jogadores à equipa técnica do FC Porto, foram chamados ao palco, com direito a (mais) passos de dança e a músicas adaptadas a cada um.

Sérgio Conceição e Pepe foram dos mais aplaudidos da noite

(Rui Oliveira/Observador)

Pepe, Zaidu (que marcou o golo na Luz) e Otávio foram dos mais aplaudidos da noite, mas foi a entrada de Sérgio Conceição que levou os adeptos portistas à loucura. O treinador pisou o palco ao som de “Volare”, juntamente com a equipa técnica e também não se inibiu de mais uma coreografia. “Esta foi a melhor época que o FC Porto teve desde que o Sérgio Conceição é treinador do Porto”, comentava um adepto enquanto via ao longe o desfile.

Luís Pereira partilha a mesma opinião: “Acompanho todos os jogos e o mais importante foi o contributo e a consistência do Sérgio Conceição”. O título, diz, “soube pela vida e compensou o ano anterior”. “Era bom que fosse assim todos os anos”.

A equipa do FC Porto deslocou-se à varanda da Câmara Municipal do Porto para exibir a taça de campeão nacional

(Rui Oliveira/Observador)

O desfile terminou com a equipa novamente reunida num palco instalado a meio da avenida, onde se voltou a ouvir o hino do FC Porto cantado em uníssono pelos milhares que estavam na rua e pelos mais curiosos que tinham vista privilegiada nas varandas dos edifícios da avenida. Depois do fogo de artifício, a festa seguiu, para alguns, noite adentro, mas muitos já só pensam no próximo domingo: “Agora siga para a Taça de Portugal”.

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