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Mapa da guerra. O que aconteceu no 82.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

A Suécia vai discutir esta segunda-feira a adesão à NATO. Zelensky começa a falar a várias universidades dos EUA e os militares ucranianos terão reconquistado a cidade de Kharkiv.

Russian attacks on Ukraine
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Moscovo terá fracassado no domínio de Kharkiv, como aconteceu com Kiev, a capital ucraniana

Anadolu Agency via Getty Images

Moscovo terá fracassado no domínio de Kharkiv, como aconteceu com Kiev, a capital ucraniana

Anadolu Agency via Getty Images

O 82.º dia da guerra na Ucrânia fica marcado pela chegada dos militares ucranianos à fronteira com a Rússia, através de Kharkiv, região que este durante vários dias sob o domínio russo e que voltou agora para as mãos da Ucrânia.

Reportagem multimédia em Andriivka. Radiografia de uma aldeia sob ocupação russa durante 30 dias

Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia e tem sido alvo de bombardeamentos praticamente desde o início da invasão russa. Depois de falhar Kiev, Moscovo terá fracassado também na conquista desta cidade. Olhando para o mapa, as tropas russas continuam a concentrar-se a sul e a lesta da Ucrânia.

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Esta segunda-feira, a Suécia vai falar sobre a adesão à NATO e a União Europeia discute a guerra na Ucrânia e novas sanções à Rússia, numa reunião onde estará o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

“É a arma mais barata que o homem conhece.” A violação está a ser usada como arma de guerra na Ucrânia?

O que aconteceu durante a tarde e a noite:

  • A vice-ministra da Defesa ucraniana, Anna Malyar, confirmou a retirada de 53 soldados que estavam retidos na fábrica da Azovstal, em Mariupol e foram levados para Novoazovsk, em Donetsk, a fim de receberem assistência médica. Há ainda 211 soldados que foram levados para Olenivka, que está sob domínio russo.
  • Volodymyr Zelensky também confirmou a retirada dos soldado que estavam retidas na fábrica de siderurgia de Azovstal. Num vídeo publicado esta noite, o Presidente da Ucrânia confirmou que há uma operação complexa em curso para resgatar os soldados ucranianos que está a ser conduzida pelas Forças Armadas da Ucrânia, serviços secretos, uma equipa de negociação, o Comité Internacional da Cruz Vermelha e a ONU, segundo o Presidente da Ucrânia.
  • O Estado Maior das Forças Armadas Ucranianas disse esta noite, em comunicado citado pela Reuters, que a defesa siderúrgica de Azovstal “terminou”. As forças ucranianas designam os soldados como “heróis do nosso tempo”.
  • A diretora executiva da Amnistia Internacional (AI) na Ucrânia, Oksana Pokalchuk, de passagem por Lisboa, disse que as autoridades ucranianas já abriram investigações a mais de 10.000 casos de crimes durante a invasão russa.
  • Em Bruxelas, os Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia não chegam a acordo para um 6º pacote de sanções à Rússia. Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE, disse também esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que União Europeia não irá reconhecer nenhuma parte da Ucrânia que seja reclamada como parte da Rússia.
  • A Suécia anunciou que vai fazer o pedido de adesão à NATO. Depois de informar os reis, a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, confirmou em conferência de imprensa que o país vai fazer o pedido de adesão à NATO.
  • Turquia vetará a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO se estes países mantiverem a sua política de “acolhimento de guerrilheiros curdos”, advertiu hoje o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
  • A Rússia ameaçou esta segunda-feira a Suécia como fez na semana passada com a Finlândia, se aquele país escandinavo aderir à NATO, conforme anunciado pelo Governo sueco. “A Rússia vai ser obrigada a adotar medidas de reposta tanto técnico-militares como de outro tipo para combater as ameaças emergentes à sua segurança nacional”, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado em comunicado.
  • Numa reunião com chefes de Estados da Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão, o Vladimir Putin disse que a expansão da NATO é um “problema” que está a ser criado de forma “totalmente artificial”. Apontando que a adesão de novos países à NATO é apenas do interesse da política externa do Estados Unidos, o chefe de Estado russo afirma que a aliança é “usada como um instrumento” de Washington de forma “bastante persistente, habilidosa e muito agressiva”.
  • Bombardeamentos contra Severodonetsk, cidade no leste da Ucrânia praticamente cercada pelas forças russas, custaram a vida a, pelo menos dez pessoas, afirmou o governador na região de Lugansk, Sergey Gaidai, através da rede social Telegram.
  • Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Estónia, da Letónia e da Lituânia expressaram o seu apoio aos planos da Suécia e da Finlândia para se juntarem à NATO, através de um comunicado conjunto emitido esta segunda-feira.
  • Por cá, o PCP considera que o alargamento quase confirmado da NATO à Suécia e Finlândia representa um “sério agravamento da tensão na Europa e no plano internacional”. Em comunicado, o PCP afirma ainda que “deplora empenho” do Governo português na adesão das duas nações nórdicas, considerando ser uma “clara expressão de submissão aos interesses dos EUA”.

O que aconteceu durante a manhã:

  • Kremlin ordenou a preparação de um referendo nas regiões de Kherson e Zaporijia, que acontecerá nos próximos meses. Fonte oficial do Ministério do Interior ucraniano diz que os russos “estão a tentar estabelecer a sua autoridade”.
  • governo sueco já informou oficialmente os reis sobre o processo de candidatura à entrada na NATO. Fá-lo depois de a Finlândia ter anunciado formalmente a sua candidatura para entrar na aliança.
  • Comissão Europeia está a preparar-se para apresentar na quarta-feira um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia. Fontes próximas do processo dizem que incluirá novos empréstimos no curto-prazo e compromissos para o futuro.
  • Os separatistas pró-russos da autoproclamada república de Donetsk afirmaram hoje que retiraram mais de 300 cidadãos no domingo da cidade ucraniana de Mariupol, para duas cidades controladas pela Rússia.
  • A Índia proibiu as exportações de trigo, depois de uma onda de calor ter atingido os campos e perturbado as plantações. Este fator, aliado à guerra na Ucrânia, provocou o aumento no preço do cereal para novos máximos nos últimos dois meses.
  • Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, reforçou que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO podem ser uma ameaça — tal como já havia dito na semana passada. Sergei Ryabkov, vice-primeiro-ministro russo, deixou o mesmo alerta: a adesão é “um erro” com consequências “a larga escala”.
  • O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, reconheceu hoje as dificuldades em garantir o apoio da Hungria à proposta para sancionar o petróleo russo, devido à dependência do país das importações da Rússia. Apesar do bloqueio da Hungria, a União Europeia promete continuar a pressionar o país para conseguir impor o embargo ao petróleo russo.
  • A McDonald’s anunciou a intenção de vender o negócio na Rússia, 32 anos depois de ter entrado no país. “Esta é uma questão complicada”, admitiu o diretor executivo Chris Kempczinski: “É impossível ignorar a crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia”.
  • Está a espalhar-se pelas redes sociais o vídeo que mostra um soldado em Azovstal, a fábrica atacada pelos russos em Mariupol, a cantar alguns versos de “Stefania”, canção ucraniana que venceu da Eurovisão, com um ruído de fundo que parece ser de bombardeamentos.
  • Exército ucraniano reclama a reconquista de território em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, tendo conseguido que o “inimigo” recuasse até perto da fronteira da Rússia, disse hoje o Ministério da Defesa de Kiev.
  • Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destituiu este domingo o comandante das Forças de Defesa Territorial das Forças Armadas, Yurii Halushkin, e nomeou para o seu lugar o major-general Ihor Tantsiura. Não está claro o motivo do afastamento do militar.

O que aconteceu durante a madrugada:

  • A Bielorrússia está a reforçar a presença militar na fronteira com a Ucrânia, o que impede a deslocação de tropas ucranianas para as regiões atacadas pelos militares russos. Ainda assim, a Bielorrússia não está a participar diretamente no conflito – por um lado, ajuda Moscovo através da fronteira com a Ucrânia e, por outro lado, evita sanções do Ocidente.
  • As forças armadas ucranianas afirmam que a Rússia está a registar “perdas significativas de equipamento e de militares”.
  • O Ministério dos Negócios Estrangeiros participa esta segunda-feira numa reunião em Bruxelas, da União Europeia. Nesta reunião, será debatida a guerra na Ucrânia e novas sanções à Rússia.
  • Desde o início da invasão russa, terão morrido 229 crianças. Os números são do Ministério Público ucraniano, que acrescenta que as tropas russas atacaram mais de 1.700 escolas.
  • Zelensky começa esta segunda-feira a falar aos alunos de várias universidades norte-americanas. As participações do Presidente ucraniano estão agendadas até ao final deste mês.
  • No seu discurso diário, Zelensky disse este domingo que “a vitória está a começar” e que, mais cedo ou mais tarde, o exército russo terá de admitir que está a perder.
  • A candidatura da Suécia à NATO é discutida esta segunda-feira no parlamento sueco. “Vou garantir que existe um largo apoio parlamentar para a candidatura sueca e depois será tomada uma decisão governamental”, adiantou a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson.
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