O primeiro-ministro, António Costa, hasteou a bandeira arco-íris, esta segunda-feira, na residência oficial, em São Bento, assinalando o Dia Internacional contra a Homofobia, e assumiu o compromisso de desenvolver políticas públicas contra a discriminação.

“No Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, hasteei a bandeira arco-íris reafirmando o nosso compromisso contra o preconceito”, escreveu o primeiro-ministro na sua conta na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, António Costa adianta que o seu Governo pretende continuar “a desenvolver políticas públicas de combate à discriminação”.

“Por um país mais igual, livre e inclusivo”, acrescentou.

De acordo com dados divulgados pela ILGA Europa, Portugal desceu quatro lugares no índice europeu sobre a situação jurídica e políticas das pessoas LGBTI, devido à falta de plano de ação contra a discriminação, estando ainda assim em nono lugar entre 49 países.

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Portugal cai cinco lugares no índice sobre direitos das pessoas LGBTI, mas mantém-se nos lugares cimeiros

No  seu “Mapa Arco-Íris”, a ILGA Europa analisa e classifica anualmente a situação jurídica, social e política das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (LGBTI) em 49 países europeus, Portugal caiu do 4.º lugar para o 9.º lugar em 2021.

A iniciativa serve para assinalar o Dia Internacional e Nacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, que se comemora em 17 de maio, e permite concluir que têm sido dados passos importantes nos direitos das pessoas LGBTI em vários países.

Pelo contrário, alguns países que outrora lideraram os direitos LGBTI+ estão a descer a escada, como é o caso de Portugal, enquanto outros correm o risco de seguir o precedente de países onde os direitos LGBTI+ estão a ser instrumentalizados para ganho político”, refere a ILGA Portugal, em reação aos dados agora conhecidos.

Portugal consegue 62% (em 100%) no global, alcançando pontuação máxima em matéria de espaço público – sobre o qual é referido que os ativistas LGBTI não estão em risco, não há limites à liberdade de expressão ou que as associações podem trabalhar sem qualquer obstrução por parte do Estado — e a pontuação mais baixa (33%) em matéria de asilo.