A BMW divulgou as primeiras imagens e informações relativas ao restyling da gama Série 3, cuja 7.ª geração surgiu no mercado em 2018. Agora, cada vez mais apostada nos eléctricos e também com uma linguagem estilística mais ousada, o construtor de Munique refresca os argumentos quer da berlina quer da carrinha, sem mexer na oferta mecânica.

Exteriormente, as alterações mais visíveis conduzem o olhar para os faróis dianteiros full LED que, além de mais finos, passam a integrar o “L” invertido da nova assinatura da marca nas luzes diurnas. Há ainda pára-choques de novo desenho, mudanças mais subtis na grelha, entradas de ar mais generosas e as jantes propostas de série partem de 17 polegadas, excepto nas versões apimentadas com o pacote “M”, sinónimo de maior desportividade. Nesse caso, são de 18”. Atrás, a alteração mais relevante prende-se com o diâmetro alargado das saídas de escape, de 9 ou 10 cm, consoante a motorização escolhida.

Se, por fora, as mudanças requerem uma vista apurada para detectar as diferenças, o mesmo não acontece no interior, com esta renovação da gama Série 3 a apostar num envolvimento mais tecnológico, em harmonia com o interior dos recém-apresentados eléctricos da marca, nomeadamente as berlinas i4 e i7 ou o SUV iX.

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A evolução é notória sobretudo para os ocupantes dos lugares da frente, que passam a ter ao seu dispor o chamado BMW Curved Display, nem mais nem menos que uma dupla de ecrãs que parecem apenas um, de formato curvo. Esta solução, cada vez mais frequente até entre os chamados construtores generalistas, “junta” o painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, ao serviço do condutor, e um display táctil de 14,9”, ao serviço da central multimédia, correndo ambos o mais recente sistema operativo da marca (BMW OS 8). Com esta opção o dominar o tablier, o fabricante conseguiu suprir uma série de comandos físicos, o que resulta num ambiente mais clean e high tech. Nota ainda para o novo selector da caixa na consola central, que foi redesenhada, sendo que o novo comando é muito similar ao do Série 2 Active Tourer, ou seja, é mais pequeno – o que liberta espaço entre os bancos dianteiros.

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A propósito da caixa, todas as versões passam a contar com uma transmissão automática de oito velocidades e patilhas no volante, mas a BMW não se ficou por aqui para continuar a fazer frente a propostas como o Mercedes Classe C ou o Audi A4, cingindo a concorrência a uma disputa meramente entre alemães. O construtor bávaro optou por reforçar o equipamento proposto de série com itens como climatização automática de três zonas, ajustável por comando de voz ou no ecrã táctil, a que se junta o retrovisor interior com escurecimento automático, sensores à frente e atrás, que facilitam as manobras de estacionamento, além do BMW Live Cockpit Plus com sistema de navegação. A tudo isto há que acrescentar o acabamento M High-glos Shadowline na carroçaria, que passa a ser padrão em todas as versões. E propostas topo de gama contam, de série, com o sistema inteligente de tracção integral xDrive.

Em matéria de ajudas à condução, à saída da fábrica em Munique, o renovado Série 3 passa a estar equipado com alerta de colisão frontal com travagem automática, detecta a presença de ciclistas, bem como de veículos e peões, cruise control adaptativo, alerta de saída inadvertida da faixa de rodagem, entre outros.