O principado do Mónaco recebe, a cada dois anos, o Historic Grand Prix, um evento em que é possível admirar os bólides de outros tempos. Organizado pelo Automobile Club de Monaco, que também organiza a prova a contar para o Campeonato do Mundo de F1 (a realizar naquela mesma pista a 29 de Maio), neste evento para modelos clássicos foi possível ver evoluir no traçado citadino os F1 de 1961 a 1965, com motores 1500cc, e os F1 de 1966 a 1980, já com motores 3.0 V8.

Mas nem sempre tudo corre bem e, por vezes, algumas destas preciosidades são atiradas contra os rails ou contra os muros, seja por exagero dos pilotos ou avaria, o que obriga a um esforço sobre-humano para os recuperar. Desta vez, calhou a Charles Leclerc, o piloto que lidera o Mundial para a Ferrari, o que não o impediu de partir a traseira de um F1 da marca de 1974 contra o muro.

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Para Leclerc, originário do Mónaco e habitante do principado, o Grande Prémio disputado nas ruas de Monte Carlo é a sua corrida em casa. A 29 de Maio vai disputar o GP do seu país com o Ferrari 006/7 com que lidera o Mundial de 2022, mas para GP histórico sentou-se ao volante de uma relíquia, o Ferrari 312 B3 de 1974, com que Niki Lauda terminou em 4.º o campeonato desse ano, atrás de Clay Regazzoni, seu companheiro de equipa, que foi 2.º, logo depois de Emerson Fitipaldi, o campeão desse ano.

Ainda na volta de formação da grelha, Leclerc pareceu muito optimista na travagem para La Rascasse e os rails não perdoaram, quase arrancando a asa traseira do F1 com 48 anos de museu. Acusado por alguns de ter errado, Charles Leclerc apressou-se a serenar os ânimos, alegando que os travões do velho modelo falharam, ainda que o 312 B3 tivesse um aspecto imaculado, melhor do que quando era pilotado por Lauda.

Veja no vídeo resumos de uma série de corridas, bem como a saída do Ferrari 312 B3 de Leclerc que acabou contra os limites da pista (a partir do minuto 5.39):