A Rússia reconheceu esta quarta-feira o direito de os Estados garantirem a segurança nacional, desde que não criem ameaças a outros países, depois de a Suécia ter informado Moscovo sobre o pedido de adesão à NATO.
A forma de garantir a segurança nacional é um direito soberano de cada Estado, mas não deve criar ameaças à segurança de outros países”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado, citado pela agência espanhola EFE.
No comunicado, a diplomacia russa deu conta de que a embaixadora da Suécia em Moscovo, Malena Mard, se deslocou ao ministério liderado por Serguei Lavrov para informar sobre a “decisão tomada pelo Governo sueco relativamente à adesão à NATO”.
Segundo o ministério russo, a reunião realizou-se a pedido da parte sueca e a diplomata sueca foi recebida pelo primeiro vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Vladimir Titov.
A Suécia e a Finlândia formalizaram esta quarta-feira a sua candidatura à NATO com a entrega dos respetivos pedidos na sede da organização, em Bruxelas.
Finlândia e Suécia entregam candidaturas de adesão à NATO em dia “histórico”
Os dois países decidiram pôr termo a uma política histórica de não-alinhamento na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro.
“Infelizmente, não temos razões para acreditar que a Rússia irá mudar num futuro previsível”, justificou a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, ao anunciar a candidatura à adesão, na segunda-feira.
Um dos objetivos referidos pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para justificar a invasão foi o de impedir a entrada da Ucrânia na NATO e a expansão da aliança no Leste da Europa.