O Partido Socialista (PS) já não conquistaria a maioria absoluta no parlamento, caso fosse hoje repetida a votação de janeiro, segundo os resultados de uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã/Negócios. A mesma sondagem indica, também, que o CDS-PP voltaria ao parlamento, se houvesse nova votação, e acrescenta que Jerónimo de Sousa foi o líder partidário cuja avaliação mais piorou junto dos portugueses.

De acordo com a sondagem, António Costa reuniria 34,5% das intenções voto, uma percentagem inferior ao 41,37% que obteve nas eleições legislativas de janeiro – e bem aquém do resultado que seria necessário para alcançar a maioria absoluta. Mas também o PSD teria, segundo a sondagem, uma votação inferior. Os sociais-democratas, ainda liderados por Rui Rio, obteriam apenas 18,5% dos votos, o que seria um mínimo histórico para votações do PSD.

Parte desses votos mais à direita poderiam ir, segundo a sondagem, para o CDS-PP. O partido então liderado por Francisco Rodrigues dos Santos teve apenas 1,60% dos votos nas eleições de 30 de janeiro, o que resultou na saída do parlamento após uma presença de 47 anos consecutivos. Mas este barómetro da Intercampus indica que a votação do CDS-PP, agora liderado por Nuno Melo, poderia atingir os 2,9%, o que seria suficiente para garantir o regresso à Assembleia da República.

Medina é o pior ministro, Temido a melhor

O barómetro da Intercampus revela, também, que numa avaliação de 1 a 5 António Costa mantém-se como o líder mais popular, com 3,3 pontos. Mas o presidente do Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, passa a ser o segundo líder partidário mais bem visto, com três pontos. O que mais caiu nessa estimativa de popularidade foi Jerónimo de Sousa, que tem apenas 1,9 pontos (2,5 pontos em dezembro).

No que diz respeito aos membros do Governo, a ministra da Saúde Marta Temido é vista como a melhor governante por 27,2% dos inquiridos. Já o lugar de pior ministro, que antes pertencia a Eduardo Cabrita, passou a ser de Fernando Medina com 16,5% dos inquiridos a acharem que o ministro das Finanças (e ex-presidente da Câmara de Lisboa) é o pior governante.

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