Num evento denominado Economics of Desire, que se realizou na Côte d’Azur (França), a Mercedes revelou o seu plano para os próximos anos. A estratégia passa por vender mais veículos luxuosos e caros, reduzindo o investimento e vendas nos mais baratos, com o objectivo de elevar as margens de lucro em 60%, de 2019 para 2026, visando atingir 14%.

Para o conseguir, o construtor alemão dividiu a sua gama em Entry Luxury, Core Luxury e Top-End Luxury, com 75% dos investimentos a concentrar-se nos dois escalões superiores e apenas 25% nos modelos de entrada. Estes, que de momento contam com sete modelos, deverão começar por perder três deles – entre os Classe A e GLA, Classe B e GLB –, uma vez que a Mercedes prefere apostar nos carros maiores, mais requintados, mais onerosos e, obviamente, com margens de lucro superiores.

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Além da divisão em três blocos, a Mercedes aposta ainda na criação de uma gama mais exclusiva que denomina Mythos, cujos modelos serão produzidos em pequenas quantidades, com a primeira criação a ser um SL Speedster. Esta não é a primeira vez que a Mercedes decide tentar a sorte lançando uma marca mais up-market, mas nem sempre o mercado responde de forma positiva, como foi o caso da Maybach, que começou como marca independente, cheia de potencial, para rapidamente acabar como mais uma versão da Mercedes.

Para um mercado como o português, onde a Mercedes possui uma excelente imagem, sobretudo nos Classe E e Classe S, mas onde os modelos mais populares são os Classe A e Classe B, resta conhecer a reacção dos potenciais clientes agora que foi anunciada a descontinuação de modelos das gamas mais acessíveis, sem que o construtor tenha revelado aqueles em cima dos quais cairá o machado.

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