A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa encerrou domingo com um balanço de 11 mil visitantes e um “bom nível de vendas”, com aquisições por parte de fundações e da Câmara Municipal de Lisboa (CML), segundo a organização.

Ana Jotta, Luísa Cunha, Pedro Paixão, Alice dos Reis, Diana Policarpo, Vasco Araújo, João Gabriel, Claire de Santa Coloma e Tiago Baptista foram alguns dos artistas cujas obras foram adquiridas na feira, que reuniu 65 galerias de 14 países durante quatro dias, na Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Nesta 5.ª edição, a feira, organizada pela IFEMA Madrid e pela CML, contava com 43 galerias no Programa Geral, 13 na curadoria Opening Lisboa, e nove na secção África em Foco.

Em comunicado, a organização apresentou um balanço de “satisfação dos participantes”, de galerias como Vera Cortês, Elvira González, Bruno Múrias, Galeria 111, Arte de Gema, Delgosha e Double V, que “confirmaram o bom nível de vendas e a qualidade artística da feira”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Entre as transações efetuadas destacam as compras feitas pela CML para o seu Núcleo de Arte Contemporânea, para o qual foram adquiridas obras de Pedro Paixão (representado pela Galeria 111), Alice dos Reis e Diana Policarpo (Lehmann+Silva), Mónica de Miranda (Carlos Carvalho), Hugo Brazão (Varanda), Gabriela Albergaria (Galeria Vera Cortês), Rui Chafes (Filomena Soares), João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (Cristina Guerra Arte Contemporânea).

Para o mesmo núcleo entraram ainda obras de Vasco Araújo (Francisco Fine), Claire de Santa Coloma (3+1 Arte Contemporânea), Gil Heitor Cortesão (Pedro Cera), António Júlio Duarte (Bruno Múrias), Pedro Tudela (Galeria Kubik), Luísa Cunha (Miguel Nabinho), António Ole (insofar), Ana Vidigal (Fernando Santos), Inês D’Orey (Presença), Suzanne Themlitz (Galeria dos Banhos dos Anjos), Belén Uriel (Madragoa) e Diogo Pimentão (Rociosantacruz).

Na mesma linha, foram feitas aquisições pela Fundação EDP para o seu acervo, com obras de Ana Jotta (xxArtsLibris), Luísa Cunha, João Gabriel (Lehmann+Silva), e Tiago Baptista (3+1 Arte Contemporânea).

Houve ainda compras pela Fundação ARCO que, com o conselho dos curadores Manuel Segade e Filipa Oliveira, adquiriu obras da artista Thandi Pinto (Arte de Gema) e Inés Zenha (Double V), que passarão a fazer parte da Coleção Fundação ARCO, instalada no Centro de Arte CA2M Dos de Mayo da Comunidade de Madrid, em Espanha.

Também a Fundação Helga de Alvear adquiriu a obra de Carlos Carnero, na Galeria de las Misiones.

A ARCOlisboa atribuiu este ano o Prémio Opening Lisboa à galeria Artbeat – Tiflis, da Geórgia.

O júri do prémio — atribuído ao melhor expositor da feira – foi composto por Aaron Cezar, Elise Lammer, Direlia Lazo, Marta Mestre, Bernardo Mosqueira, João Mourão, Florença Ostende, Agustín Pérez Rubio e Claudia Segura.

Encerrada a quinta edição, a organização diz ainda, no comunicado, que se irá “iniciar de imediato a preparação” da ARCOlisboa 2023.

Antes da abertura, em entrevista à agência Lusa, Pedro Cera, galerista e membro da comissão organizadora desde a primeira edição, indicou que a novidade deste ano, no certame, foi a redução do número de artistas por metro quadrado dos expositores presentes, com o objetivo de aumentar a representatividade de cada artista, de forma a “dar a oportunidade ao público de conhecer o trabalho individual com mais profundidade”.

“Esta feira afirmou-se de uma forma mais ou menos rápida e consistente no mercado nacional”, avaliou Pedro Cera, acrescentando que “os colecionadores portugueses já a incorporaram no seu plano anual de feiras”.