Um tribunal brasileiro anulou a decisão de um juiz de que o Presidente francês, Emmanuel Macron, deveria fornecer uma explicação para queixas sobre danos ambientais nas proximidades de uma central hidroelétrica controlada pela empresa francesa EDF na Amazónia.

O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso decidiu que “não era necessário” que Macron aparecesse, “uma vez que a sua posição como autoridade não teria qualquer influência na sentença”, disse Sinop Energia, uma empresa na qual a EDF é acionista maioritária, numa declaração enviada nesta segunda-feira à agência France-Press (AFP).

“Mesmo que o Estado (francês) seja acionista da empresa Sinop Energia, esta (…) foi constituída sob o sistema jurídico brasileiro”, lê-se na frase que anula a decisão do magistrado.

Três associações apresentaram uma queixa, acusando a EDF de negligência na prevenção de incêndios que se têm vindo a multiplicar desde 2018 na zona onde se situa a sua fábrica, perto de Sinop, uma cidade de 150.000 habitantes considerada um centro do agronegócio.

Na sua decisão de 4 de maio, o juiz Mirko Vincenzo Giannotte fez uma série de comentários irónicos ao Presidente francês, “um ambientalista que dá constantemente a sua opinião sobre a política ambiental do governo brasileiro”.

Sinop Energia afirmou na sua declaração que tinha “levado a cabo numerosas ações de prevenção de incêndios” em redor do local da fábrica.

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