A Polícia Judiciária deteve, esta terça-feira, três homens por suspeitas de corrupção, dois fiscais de obras da Câmara Municipal de Lisboa e um empreiteiro.

Segundo fonte da Polícia Judiciária confirmou ao Observador, os dois fiscais – nas casas dos quais foram encontrados milhares de euros – vão aguardar o processo em prisão preventiva. O terceiro arguido ficou impedido de contactar outros envolvidos no processo.

À Lusa, fonte ligada à investigação revelou que os dois funcionários da câmara estão acusados de corrupção passiva. O empresário e proprietário de uma obra em Lisboa está acusado de corrupção.

No âmbito da “Operação embargo”, a Polícia Judiciária seguia um “encontro previamente agendado” entre os dois fiscais da Divisão de Fiscalização da autarquia de Lisboa e um “cidadão proprietário de uma obra em curso na cidade de Lisboa”, explicou a a PJ em comunicado.

O inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa levou à emissão de mandados para buscas domiciliárias e não domiciliárias — nos postos de trabalho dos dois funcionários municipais, na Câmara.

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Na nota de imprensa, a polícia revelou ter apreendido, além das referidas elevadas quantias de dinheiro, “prova relevante”. 

Em reação, o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Fenrando Medina, disse “não ter conhecimento” de qualquer problema de corrupção na Câmara. “Vi a notícia dessa ação, ela que se desenvolva de forma a apurar a verdade e que quem tem prevaricado no exercício de funções públicas, não envolve nenhum membro do executivo camarário”, assegurou.

*Notícia atualizada às 19h12 de 24 de maio de 2022 com as medidas de coação aplicadas aos detidos