O governo timorense aprovou esta quarta-feira a fixação de valores mínimos para as pensões de invalidez e velhice, assim como a criação da  pensão social, que irá substituir o subsídio de apoio a idosos e inválidos.

Embora os valores não tenham sido revelados, o Conselho de Ministros disse num comunicado que o objetivo é garantir que as pensões de invalidez e velhice “nunca sejam de montante inferior às pensões sociais, por forma a valorizar o esforço contributivo dos trabalhadores”.

Já a pensão social pretende “assegurar um rendimento mínimo digno a todos aqueles que efetivamente precisam, por não terem outras formas de rendimento e se encontrem em situação de velhice ou invalidez”, refere o comunicado.

O montante da pensão social, que será paga todos os meses a “trabalhadores que estão no sistema contributivo”, não será “inferior ao limiar internacional da pobreza”, sublinhou o Conselho de Ministros.

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Segundo o Banco Mundial, qualquer pessoa que ganhe menos de 2,15 dólares por dia (2 euros) vive em pobreza.

O Conselho de Ministros aprovou também a criação do Sistema de Verificação de Incapacidades, sob a tutela do Instituto Nacional de Segurança Social para permitir a atribuição de prestações sociais a pessoas com deficiência.

O Executivo timorense autorizou ainda o parlamento a elaborar uma lei sobre a recuperação de empresas e insolvência.

Além de ser um “elemento essencial para o crescimento do tecido económico e do investimento do país”, o comunicado diz que a futura lei irá responder às “exigências da integração na ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático] e na OMC”.

O novo Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse em 22 de abril que a adesão do seu país à ASEAN é “uma prioridade absoluta” e permitirá dar um “grande salto no seu desenvolvimento”.