O vereador do BE questionou a Câmara do Porto sobre os motivos para a “não concretização” da rede de ciclovias e percursos cicláveis anunciados em maio de 2020, bem como sobre o calendário previsto para a sua conclusão.

Num requerimento enviado ao presidente da Câmara do Porto, a que a Lusa teve acesso esta quinta-feira, o vereador do Bloco de Esquerda, Sérgio Aires, diz que “importa esclarecer o atual ponto de situação da rede anunciada em maio de 2020”, que visava a criação de mais 35 quilómetros de ciclovias e percursos cicláveis na cidade, além dos 19 quilómetros já existentes.

“Decorrido mais de um ano desde o prazo indicado, a grande maioria destes percursos continua ainda por concretizar ou parece não ter sido sequer iniciada, conforme informação do próprio portal do município”, destaca o vereador, que questiona o presidente da câmara sobre o grau de execução da rede de ciclovias.

Ao mesmo tempo, Sérgio Aires quer saber que motivos justificam a “não concretização” da rede de ciclovias e percursos cicláveis no prazo anunciado e qual o ponto de situação de cada um dos novos troços anunciados.

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O BE questiona ainda o independente Rui Moreira sobre o atual calendário para a concretização dos referidos troços.

Em maio de 2020, a Câmara do Porto apresentou um plano para “resgatar o espaço público e potenciar uma nova experiência de lazer” na cidade que passava por transformar 14 ruas da baixa e centro histórico em áreas pedonais aos fins de semana e alargar em mais de 35 quilómetros a rede de ciclovias até ao final desse ano.

Em resposta à Lusa, a Câmara do Porto disse esta quinta-feira que a rede municipal para modos suaves dispõe atualmente de “cerca de 36 quilómetros de eixos cicláveis” e que a execução das ligações do Porto (Asprela) a Matosinhos e a Rio Tinto, no âmbito das candidaturas efetuadas ao Fundo Ambiental, “está prevista até novembro de 2023, somando-se dessa forma cerca de oito quilómetros à atual rede ciclável”.

Relativamente à ciclovia intermunicipal entre o Porto e Matosinhos (S. Mamede Infesta), o montante do projeto aprovado é de 1,7 milhões de euros, sendo que o Fundo Ambiental comparticipará com 750 mil euros e o restante será suportado pelos municípios do Porto (46%) e de Matosinhos (54%).

Já o projeto para a ciclovia intermunicipal entre o Porto e Rio Tinto, no concelho de Gondomar, tem um montante de 970 mil euros, sendo que o Fundo Ambiental comparticipará com 728 mil euros e o restante será suportado pelo município do Porto (70%) e pelo município de Gondomar (30%).