O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou esta quinta-feira a China de exercer uma “coerção crescente” sobre Taiwan e admitiu que os EUA tudo farão para preservar a ordem mundial atual e os valores das democracias ocidentais.

Durante um discurso sobre a política dos EUA em relação a Taiwan, o chefe da diplomacia norte-americana disse que a posição do seu Governo face a Pequim “não mudou”, após recentes declarações do Presidente Joe Biden que permitiram leituras ambíguas sobre a atitude de Washington.

O que mudou foi a crescente coerção de Pequim, como o facto de tentar colocar fim às relações de Taiwan com outros países e bloquear qualquer participação (da ilha) dentro das organizações internacionais”, denunciou Blinken.

O secretário de Estado norte-americano considerou que Pequim representa atualmente “o risco mais sério de minar a ordem internacional”.

“A China é o único país que pretende reformular a ordem internacional e tem cada vez mais meios para fazê-lo económica, diplomática, militar e tecnologicamente”, disse Blinken, argumentando que “a visão de Pequim afasta-nos dos valores universais que sustentaram grande parte do progresso do mundo nos últimos 75 anos”.

Blinken reconheceu que, na perspetiva de Biden, esta década será “decisiva”, para definir os novos equilíbrios de forças mundiais, admitindo que será difícil alterar a trajetória que Pequim tem vindo a seguir.

“É por isso que trabalharemos para criar um ambiente estratégico em torno de Pequim para avançar a nossa visão de um sistema internacional aberto e inclusivo”, disse o secretário de Estado norte-americano.

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