O Ministério da Educação confirmou esta sexta-feira os pedidos de demissão da comissária e subcomissária do Plano Nacional de Leitura (PNL), a meio do mandato, e justificou que a equipa considerou cumprida a primeira parte etapa do plano.

Segundo noticiou o jornal Público, a comissária, Teresa Calçada, e a subcomissária, Elsa Conde, apresentaram em abril o pedido de demissão do cargo que ocupavam desde 2017, quando arrancou o PNL 2027.

Em resposta à agência Lusa, o Ministério da Educação confirmou a demissão das duas responsáveis e disse que a justificação apresentada foi o cumprimento da primeira parte de um trabalho de 10 anos.

“O pedido de demissão surge na sequência de volvidos os primeiros cinco anos da missão consignada, em 2017, ao PNL 2027, a equipa considerar estar cumprida esta primeira grande etapa, de um trabalho de consolidação das ações concretizadas nos primeiros 10 anos do plano”, refere o gabinete da tutela.

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De acordo com o Público, Teresa Calçada e Elsa Conde já tinham manifestado ao anterior Governo a vontade de se afastarem do PNL.

O PNL foi criado em 2006 para promover a literacia dos portugueses e em 2017 foi renovado por mais uma década.

Em abril, foi apresentado o relatório da avaliação externa da primeira fase de implementação da nova etapa, que concluiu que o grau de execução da estratégia do PNL 2027 foi elevado e a operacionalização estratégica eficaz.

Por outro lado, a avaliação apontou também que, ao contrário daquilo que estava previsto, os ministérios do Ensino Superior e da Cultura praticamente não estiveram envolvidos durante os primeiros anos do plano, uma falha na altura lamentada por Teresa Calçada.

Em declarações à agência Lusa, a comissária reiterou a esperança de poder ver reforçada a relação com os dois setores, afirmando que isso teria reflexos na capacidade de o plano ter um maior impacto na sociedade.