A TAP anunciou uma redução dos prejuízos no primeiro trimestre da ordem dos 67% para 121,6 milhões de euros. A transportadora refere que o resultado operacional ainda foi negativo em 62 milhões de euros, mas destaca o EBITDA (margem operacional) positiva de 58 milhões de euros que supera os valores registados no primeiro trimestre de 2019, antes da pandemia. É ainda o terceiro trimestre consecutivo que este indicador está positivo.

Em comunicado a empresa sublinha ainda que a melhoria dos resultados foi obtida apesar de um impacto negativo de 15 milhões de euros que resultam ainda de custos de reestruturação. O primeiro trimestre foi ainda marcado por um reforço da tesouraria com uma posição de caixa de 787,4 milhões de euros.

A TAP justifica ainda a queda do número de passageiros de 12,3% face ao último trimestre com “típico padrão de sazonalidade” do setor. As receitas caíram na mesma proporção para 490,6 milhões de euros, sendo de destacar o contributo significativo das receitas com a carga.

Os dados do primeiro trimestre não são comparáveis com os do mesmo período do ano passado, que foi fortemente marcado pelas restrições da pandemia. Já em relação ao primeiro trimestre de 2019, o load factor (taxa de ocupação) ainda está a 89% do nível anterior à pandemia. A capacidade situou-se nos 79%.

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A presidente executiva Christine Ourmières-Widener assinala a clara recuperação da procura com “as reservas atuais a levarem-nos a ser cautelosamente otimistas para a época de verão”. Apesar de o EBITDA positivo e superior ao nível pré-crise ser “uma conquista relevante, ainda é frágil”, avisa ainda a gestora.

O plano de reestruturação entregue em Bruxelas prevê que a empresa ainda feche o ano com prejuízos de 54 milhões de euros.

Plano da TAP prevê ainda prejuízos de 54 milhões este ano e lucros a partir de 2025

No mesmo período os custos operacionais recuaram 9,4% face ao trimestre anterior, considerando um nível de atividade equivalente. Nos primeiros três meses do ano, foram retomados 9 destinos que tinham sido suspensos pela pandemia, ainda que vários sejam sazonais: Casablanca, Marraquexe, Telavive, Nápoles, Zagreb, Porto Santo, Bolonha, Florença e Porto Alegre.