785kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 95.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 1 ano

"Os militares ucranianos enfrentam o desafio mais sério desde o isolamento da fábrica de Azovstal, em Mariupol, e podem sofrer uma derrota tática significativa", dizem os analistas militares.

A soldier seen sitting in a car trunk full of backpacks
i

Soldado ucraniano em Lysychansk

SOPA Images/LightRocket via Gett

Soldado ucraniano em Lysychansk

SOPA Images/LightRocket via Gett

Passaram-se 95 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro. O foco do ataque russo está agora em Severodonetsk, no oblast de Lugansk, embora a cidade ainda não tenha sido cercada, segundo o relatório diário do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), think tank com sede nos Estados Unidos.

A Rússia está a ter alguns ganhos territoriais e poderá mesmo ter sucesso em Severodonetsk, dizem os analistas do ISW. “Os militares ucranianos enfrentam o desafio mais sério desde o isolamento da fábrica de Azovstal, em Mariupol, e podem sofrer uma derrota tática significativa nos próximos dias se Severodonetsk cair, embora tal resultado não seja de forma alguma certo.”

Esta tarde, o Presidente Volodymyr Zelensky confirmou mesmo que praticamente todas as infraestruturas da cidade foram destruídas. E ainda anunciou que demitiu o responsável de segurança da cidade de Kharkiv, primeiro local do país a que foi para lá de Kiev desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Provavelmente não por acaso, ouviram-se duas explosões na cidade durante a sua visita.

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou este domingo que todas as infraestruturas críticas da cidade de Severodonetsk foram destruídas por ataques do exército russo.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, deu esta noite uma entrevista à televisão francesa TF1. Nela, sublinhou que a “libertação” da região do Donbass, no leste da Ucrânia, é uma “prioridade incondicional” para Moscovo. Também desmentiu os rumores sobre uma possível doença do Presidente Vladimir Putin.
  • “Será o melhor preço da Europa.” As palavras são do presidente sérvio Aleksandar Vucic que este domingo conversou com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. O resultado foi a assinatura de um contrato de gás de três anos, pelo qual o país irá pagar “10 a 12 vezes menos do que os outros” países europeus.
  • Tinha acontecido no sábado e repetiu-se neste domingo. Um cargueiro saiu do porto de Mariupol, cidade tomada pelos russos, carregado de metal ucraniano, escreve o Kyiv Independent, que cita uma publicação no Telegram, do assessor do autarca Petro Andrjuscheno.
  • Morte de oficiais em combate. Rússia perde mais duas altas patentes do exército na Ucrânia

Morte de oficiais em combate. Rússia perde mais duas altas patentes do exército na Ucrânia

  • Várias explosões foram ouvidas em Kharkiv, durante a tarde, cidade que foi visitada neste domingo pelo Presidente ucraniano. Volodymyr Zelensky, saiu neste domingo de Kiev – no que terá sido a primeira saída da capital desde o início da invasão russa – e foi visitar as tropas que estão na linha da frente em Kharkiv. Já à noite, Zelensky anunciou que demitiu o responsável máximo pelos serviços de segurança de Kharkiv, dizendo que este não fez o suficiente pela defesa da cidade.
  • Putin exige “sacrifícios horríveis ao seu próprio povo” para tomar uma cidade que não merece o preço a pagar, escreve o Instituto para o Estudo da Guerra. Aos ucranianos, o Presidente russo “está a infligir sofrimento indescritível”. Comandantes russos estão a “preservar o equipamento militar” proibindo os motoristas de transportar soldados feridos.

Putin exige “sacrifícios horríveis ao seu próprio povo” para tomar uma cidade que não merece o preço a pagar

O que aconteceu durante a manhã?

  • Segundo o governo ucraniano, mais de 682 crianças foram feridas ou mortas na sequência da invasão russa da Ucrânia. Os números mais recentes apontam para 242 crianças mortas e 440 feridas, com gravidades diferentes de ferimentos. O comunicado do governo defende que os números pecam por defeito, já que é difícil confirmar relatos em zonas de combate ativo.
  • A região de Sumy, próxima da fronteira com a Rússia, continua sob ataque. Segundo fontes oficiais ucranianas, a zona foi atingida por 20 explosões, vindas de território russo, nesta manhã de domingo.
  • Na manhã deste domingo, os russos voltaram a bombardear um bairro residencial em Mykolaiv, segundo o autarca Oleksandr Senkevych escreve no Telegram. “De manhã, as tropas russas dispararam novamente contra um bairro residencial de Mykolaiv”, diz Oleksandr Senkevych, referindo que “infelizmente, há vítimas”. No entanto, não detalhou quantas.
  • A informação vem do lado da Ucrânia e não é confirmada pela Rússia. Segundo um conselheiro do Ministro da Administração Interna da Ucrânia, durante os três meses da guerra, o exército destruiu mais de 30% dos tanques modernos dos russos. As declarações são de Viktor Andrusiv, ao Canal 24. “Antes da guerra, a Rússia tinha cerca de 3.000 tanques modernos no seu arsenal, e mais de 30% já foram sido destruídos pelo nossos defensores em três meses de guerra. Em 6 meses, esse número só aumentará”, disse Andrusiv.

Ucrânia destruiu mais de 30% dos tanques russos

  • O alerta é do Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia, citado pelo Kyiv Independent. As autoridades russas na Crimeia deram ordens aos hospitais da região para pararem de tratar doentes civis, de forma a dar prioridade aos soldados russos feridos na guerra.
  • Ministério da Defesa britânico afirma que Rússia está preparada para usar a segurança alimentar mundial em seu proveito. Com os portos fechados, e a Ucrânia, o celeiro da Europa, a ser incapaz de exportar bens alimentares, os receios de uma crise alimentar a nível mundial aumentam. No seu briefing diário sobre a guerra, o ministério da Defesa britânico considera que a Rússia está preparada para usar a segurança alimentar mundial como arma política.

Ministério da Defesa britânico diz que Rússia está preparada para usar a segurança alimentar mundial em seu proveito

O que aconteceu durante a noite e a madrugada?

  • Volodymyr Zelensky disse, no seu discurso de sábado à noite, que a Rússia deve ser declarada um “Estado terrorista”, algo que já tinha dito no passado. “Repetidamente vou lembrar ao mundo que a Rússia deve finalmente ser oficialmente reconhecida como um Estado terrorista, um Estado patrocinador do terrorismo. Isso é simplesmente verdade.” O presidente ucraniano afirmou também que houve “ataques absolutamente sem sentido e abertamente bárbaros na região de Sumy”.
  • Vários iates ligados a oligarcas russos desapareceram do sistema internacional para localizar tráfego marítimo.

Oligarcas russos colocam super-iates em “modo furtivo” e desligam sinais de localização para evitarem apreensões

  • Boris Johnson e Zelensky falaram ao telefone sobre o fornecimento de alimentos, problema que se agrava com o fecho dos portos aos navios ucranianos
  • Putin, Emmanuel Macron e Olaf Scholz também conversaram ao telefone. O Kremlin alertou que continuar a fornecer armas à Ucrânia é perigoso.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos