A droga apreendida durante a operação Ibéria, anunciada esta noite pela Policia Judiciária, provinha da América Latina e destinava-se a vários países europeus, revelou esta terça-feira o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, Artur Vaz.

PJ apreende 1.470 quilos de cocaína num veleiro em alto mar e detém dois estrangeiros

De acordo com o mesmo responsável, que falava aos jornalistas na Base Naval de Lisboa (Alfeite), por detrás da ação abortada ao largo da costa portuguesa (que contou com a colaboração da Marinha e da Força Aérea) estará certamente “uma organização criminosa”.

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Artur Vaz disse que se tratou de “uma operação complexa”, só possível com a colaboração entre vários países e a cooperação da Marinha e da Força Aérea.

Em declarações aos jornalistas o contra-almirante Proença Mendes afirmou que a Marinha está “sempre no mar”, pelo que apenas “fez um desvio” para intercetar um veleiro com droga e dois tripulantes estrangeiros, que foram detidos e se encontram em prisão preventiva.

Além de um navio com a respetiva tripulação, seguiram a bordo com a Marinha inspetores da PJ.

A Força Aérea, por seu lado, empenhou um meio aéreo e realizou 10 horas de voo para transmitir as coordenadas precisas à Marinha, explicou o major general Rui Tendeiro.

A nacionalidade dos detidos não foi revelada, sabendo-se apenas que têm cerca de 50 anos de idade e “grande experiência” em navegação.

A Polícia Judiciária (PJ) intercetou o veleiro em alto mar, com 47 fardos de cocaína, num total de 1.470 quilos.

A droga e o veleiro estavam hoje ao final da manhã na Base Naval de Lisboa, situada no concelho de Almada.