Foi descoberta na costa da Austrália a maior planta do mundo, uma alga marinha com mais de 180 quilómetros quadrados de extensão — o equivalente a três vezes a área de Manhattan em Nova Iorque — e 4.500 anos.

Inicialmente, os cientistas pensaram tratar-se de várias plantas diferentes que cobriam uma área com cerca de 200 quilómetros quadrados. O objetivo inicial da investigação era analisar a diversidade da espécie Posidonia australis, e detetar quantas plantas compunham aquela extensão horizontal de alga marinha.

Após analisarem amostras retiradas de várias partes da referida extensão de alga, os investigadores concluíram que se tratava quase na totalidade de uma única planta com cerca de 4.500 anos, explica o estudo publicado esta quarta-feira na revista científica Proceedings of the Royal Society B.

A resposta deixou-nos surpreendidos: era apenas uma!”, afirmou à BBC Jane Edgeloe, autora principal do estudo. “Era apenas isso, uma planta que se estendia por 180 km em Shark Bay [costa australiana], o que faz dela a maior planta da Terra.”

A expansão da planta ao longo de uma área tão extensa demonstra, para a investigadora, que “é bastante resiliente, com uma variedade larga de temperaturas e salinidades, além de condições de luminosidade extremas, o que, em conjunto, seria [um ambiente] altamente agressivo para a maioria das plantas”. A idade desta alga marinha foi calculada com base na sua taxa de crescimento anual — cerca de 35 centímetros por anos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR