A junta de Arroios, em Lisboa, está a analisar a situação das esplanadas na freguesia devido a reclamações e sugestões de comerciantes e moradores, já que uns querem a continuação destas áreas e outros a sua imediata remoção.

Face às inúmeras questões, reclamações e sugestões que estão a ser recebidas, de comerciantes e de moradores, a freguesia de Arroios encontra-se de momento a reanalisar a situação e os casos, um a um, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa (CML)”, pode ler-se na resposta enviada à agência Lusa sobre a ocupação do espaço público por esplanadas, em zonas como o Intendente e Arroios.

Na resposta, a junta começou por explicar que dá “imensa importância ao tecido económico da freguesia, seus atores e a todas as forças vivas”.

O executivo reconheceu que sem atividades económicas não é possível “crescer e ser cada vez melhor para todos” os que lá vivem, trabalham ou visitam, salientando que a restauração e comércio, além da hotelaria, “são das que mais contribuem para a vida da comunidade”.

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Na freguesia existem 49 esplanadas em lugar de estacionamento, das quais 43 foram atribuídas pela CML a título excecional no âmbito da pandemia de Covid-19, embora sejam lugares de estacionamento de moradores, trabalhadores e visitantes.

De acordo com a junta, com o “aligeirar da situação pandémica” foram-se acumulando reclamações de moradores da zona que, “solidariamente, entenderam a necessidade de cederem espaço de estacionamento durante as fases mais graves da pandemia, mas agora pedem que lhes seja devolvido o mesmo espaço”, tentando proteger os direitos de descanso e estacionamento.

Por outro lado, acrescentou a autarquia, os comerciantes também têm vindo a reclamar em relação ao prazo de retirada das esplanadas — até ao final do ano –, pretendendo a continuação para lá do estabelecido pela medida excecional decretada pela CML.

Enquanto as reclamações dos comerciantes se prendem, essencialmente, com a manutenção da ocupação do espaço de estacionamento, valores e rentabilidade dos estabelecimentos, as dos moradores estão relacionadas com questões de ruído, “por vezes até às 03h00 e 4h00 mesmo por baixo das suas casas”, e com o facto de terem de deixar as viaturas estacionadas em freguesias vizinhas por falta de lugar ao pé de casa.

Existem já algumas petições públicas, umas a pedir a continuação das esplanadas e outras a pedir a sua imediata remoção, além de “uma ‘batalha campal’ nas redes sociais (locais sempre muito propícios a estas coisas), onde se digladiam diariamente argumentos pró e contra”, referiu a junta.