O presidente do Governo da Madeira disse nesta terça-feira que a região tem margem de crescimento ao nível do número de camas na hotelaria e classificou como “anedota” os alertas sobre a massificação do turismo no arquipélago.

“Quando se fala da massificação do turismo [na Madeira] isso é uma anedota”, afirmou Miguel Albuquerque, estabelecendo comparação com outros destinos, como as ilhas Baleares, que dispõem de 600 mil camas, ao passo que a região conta com 51 mil.

Por isso, reforçou, há “margem de crescimento e esse crescimento tem-se feito muito pelo alojamento local.” Das 51 mil camas disponíveis na Madeira, 32 mil são na hotelaria e 19 mil no alojamento local.

O líder do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) falava no âmbito de uma visita a uma pequena unidade hoteleira localizada no núcleo histórico de São Pedro, no centro do Funchal, tendo adiantado que a taxa de ocupação no arquipélago, no verão, deverá ser “a maior de sempre”.

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Miguel Albuquerque reafirmou ainda que o crescimento do setor é um “problema bom”.

“A confluência [de turistas] à mesma hora em alguns percursos é um problema bom, significa que estamos com muito turismo, e é fácil de resolver, é uma questão de coordenação“, disse.

Miguel Albuquerque referia-se aos alertas lançados recentemente na imprensa regional sobre congestionamentos em diversos pontos turísticos, como miradouros e percursos pedonais nas montanhas, situação que motivou já reuniões entre as secretarias regionais do Turismo e do Ambiente e a ACIF — Câmara de Comércio e Indústria da Madeira.

O chefe do executivo disse, por outro lado, que a companhia aérea de baixo custo Ryanair tenciona reforçar a operação na Madeira, que teve início em março e disponibiliza 350 mil lugares por ano em dez rotas com ligação direta à região, cinco das quais novas.

“Queremos também retomar a operação de Nova Iorque em outubro e estamos também a trabalhar o destino Canadá, que tem um grande potencial de termos de canalização de turistas para a Madeira”, acrescentou.