O ministro das infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse quarta-feira em Águeda que há investimento do PRR que, sendo público, beneficia o setor privado por reduzir os custos de contexto para as empresas.

Pedro Nuno Santos falava na assinatura do contrato de financiamento do “Eixo Rodoviário Aveiro-Águeda”, presidida pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Na sessão, que contou com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, foi assinado o contrato de financiamento de 40 milhões de euros para o eixo rodoviário Aveiro/Águeda, através do Plano de Recuperação e Resiliência.

Lamentando que o país, nas últimas décadas, tenha registado um baixo nível de investimento público, o ministro das Infraestruturas e Habitação considerou o momento “histórico”, porquanto desde os seus tempos de juventude que ouvia reclamar aos empresários uma nova estrada de ligação de Águeda a Aveiro.

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Aquele membro do governo recordou que houve que vencer relutância de Bruxelas em apoiar a construção de novas rodovias, o que foi possível pela ligação que estabelece entre dois dos maiores polos industriais, Aveiro e Águeda.

Quanto a outros municípios que pretendiam novas acessibilidades rodoviárias, nomeadamente o concelho vizinho de Sever do Vouga que reclama uma nova ligação à A25 para servir o parque industrial, Pedro Nuno Santos disse que não foi possível incluir no PRR, mas deu conta de que o seu financiamento será assegurado por outras vias.

O ministro aproveitou a ocasião para referir também os investimentos na ferrovia, nomeadamente na modernização da Linha do Vouga de Aveiro a Espinho, através do PT 2030 e o “desafio da habitação, criando oferta para agregados de rendimentos intermédios, devendo ser lançado, “ainda este mês” um conjunto de 130 habitações de renda acessível em Aveiro.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse que o financiamento do eixo rodoviário Aveiro/Águeda se deve à dinâmica da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e aos dois municípios envolvidos que se concertaram na definição dos investimentos prioritários, unindo-se o território em torno de um mesmo objetivo estratégico.

“Não temos maternidade em Coimbra porque a região não se entendeu sobre o que era prioritário”, lamentou.

Jorge Almeida, presidente da câmara de Águeda, disse-se “orgulhoso” pelo momento e agradeceu o contributo de Pedro Nuno Santos para desbloquear uma obra ambicionada há décadas, porque foi “peça-chave” no processo.

Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, referiu-se a “décadas de demagogia” com a promessa de que a estrada se faria até à Comunidade Intermunicipal ter decidido avançar com a obra com os municípios, uma decisão que “mudou tudo”.

“Vamos concretizar de uma vez por todas”, concluiu.