A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira nove pessoas, na sequência da operação “Fim de Festa”, que investiga o homicídio que teve lugar nos festejos do título do FC Porto a 8 de maio. Segundo a CNN Portugal e a Sic Notícias, um dos detidos é Marco “Orelhas”, o número dois da claque Superdragões.

Em comunicado, a PJ refere que “através da Diretoria do Norte, pelas 07:00 de hoje, desencadeou uma vasta operação policial com vista a dar cumprimento a 13 (treze) mandados de busca domiciliária e 9 (nove) de detenção fora de flagrante delito, emitidos pelo Ministério Público do DIAP do Porto, visando um conjunto de indivíduos sobre os quais recaem suspeitas de coautoria do homicídio qualificado ocorrido na madrugada do dia 08.05.2022, na cidade do Porto”.

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Os detidos têm entre os 20 e os 42 anos, sendo que alguns têm “vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos”. Vão agora “ser presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”.

A investigação desenvolvida pela PJ permitiu, “no espaço de um mês, recolher indícios de que os suspeitos ora detidos, atuaram em conjugação de esforços nas agressões que provocaram a morte do jovem na referida data, estando, por isso, todos indiciados da coautoria nesse crime”.

A PJ refere que das buscas realizadas, “as quais contaram com o apoio do Corpo de Intervenção da PSP do Porto, resultou a apreensão de relevantes elementos probatórios, os quais irão ser agora devidamente processados”.

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Em declarações transmitidas pelas televisões, Carlos Duarte, advogado de três dos arguidos, admitiu que as detenções não foram “propriamente uma surpresa”, e que ocorreram “fruto da pressão mediática”. “Confundiu-se o trigo com o joio, trouxeram-se arguidos que não têm nada a ver com os factos em causa. A troco de uma pressão mediática, não se pode estar a confundir cidadãos que nada tiveram que ver com os factos. Uma coisa é estar presente nos festejos, uma coisa é estar presente em eventuais praticas de delitos, outra coisa é participar nos mesmos, ainda que por omissão”, declarou o advogado. “Não conhecendo os elementos probatórios”, o advogado afirma que se está a “confundir o essencial com o acessório”.

(Notícia atualizada às 10h48 com declarações do advogado Carlos Duarte)