O Partido dos Trabalhadores norte-coreano, único do país e no poder, vai realizar, nos próximos dias, uma reunião plenária, noticiou a agência estatal da Coreia do Norte, KCNA.

A decisão foi tomada numa reunião do comité central decorrida na terça-feira, em Pyongyang, da qual esteve ausente o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tendo sido presidida pelo membro da comissão, Jo Yong-won, indicou a agência de notícias.

“A reunião decidiu a agenda de debate do quinto plenário do oitavo comité central do Partido dos Trabalhadores da Coreia e examinou e aprovou documentos importantes, incluindo o relatório da revisão provisória sobre a implementação de políticas do Partido e do Estado que será remetido ao plenário”, de acordo com a KCNA.

Também foi aprovada “a lista de debates e horários” do plenário, sobre o qual não foi avançada uma data exata, como é habitual.

Os meios de comunicação social norte-coreanos limitaram-se a indicar que a reunião vai decorrer “no primeiro terço de junho” e servir para tomar uma decisão sobre uma “série de questões importantes” não especificadas.

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Observadores indicaram acreditar que a reunião plenária do partido está iminente, uma vez que acabou de ser definida a agenda do encontro e o primeiro terço do mês termina esta semana.

Depois da chegada ao poder, em Seul, em 10 de maio, do Presidente conservador, Yoon Suk-yeol, que prometeu uma posição mais enérgica em relação a Pyongyang, as forças armadas sul-coreanas e norte-americanas têm vindo a responder aos últimos lançamentos norte-coreanos com testes de mísseis, algo que não acontece desde 2017.

Na quarta-feira, os aliados realizaram manobras de combate com caças.

Ao mesmo tempo, Pyongyang, que executou um número recorde de testes de armas este ano, parece ter tudo pronto para realizar o primeiro teste nuclear em cinco anos, de acordo com imagens recentes obtidas por satélite.

A Coreia do Norte, que tem estado completamente isolada do mundo exterior desde o início da pandemia, não respondeu às propostas para retomar o diálogo sobre desarmamento e, no ano passado, aprovou um plano de modernização do armamento, na origem dos últimos testes.

O plenário vai decorrer numa altura em que o país regista um surto de Covid-19, com mais de quatro milhões de casos suspeitos. De acordo com a aliança de vacinação GAVI, as autoridades norte-coreanas terão já adquirido vacinas chinesas e iniciado a administração.