O município de Cascais congratulou-se esta sexta-feira por ser uma das oito regiões portuguesas escolhidas pela União Europeia para o combate às alterações climáticas, referindo que tem já em curso um plano de ação com 82 medidas.

“Estamos orgulhosos por estar nesta seleção. Foi uma seleção exigente e sabemos que vamos poder beneficiar de um conjunto de especialistas e ter acesso a linhas de financiamento mais dedicadas a estas questões”, afirmou à agência Lusa a vereadora com o pelouro da qualificação ambiental e das alterações climáticas na Câmara Municipal de Cascais, Joana Pinto Balsemão (PSD).

Cascais, Cávado, região de Coimbra, Fundão, a Área Metropolitana de Lisboa, Mafra, Médio Tejo e Vila Pouca de Aguiar foram locais portugueses escolhidos, num total de 118 ao nível da União Europeia (UE), para implementar projetos de adaptação às alterações climáticas que mobilizam 370 milhões de euros até 2023, anunciou a Comissão Europeia na terça-feira.

A Missão da UE para a Adaptação às Alterações Climáticas receberá um total de 370 milhões de euros de financiamento do programa de investigação e inovação da UE, o Horizonte Europe, até 2023.

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No caso do município de Cascais, no distrito de Lisboa, Joana Balsemão referiu que o financiamento obtido vai servir para concluir o plano de ação municipal de adaptação às alterações climáticas, em vigor há cinco anos, e para “acompanhar os desafios futuros”.

“Cascais já trabalha a temática das alterações climáticas há muitos anos. Temos um plano em desenvolvimento, com 82 medidas, e que já vai com 60% de taxa de execução. Quando há um evento climático extremo é à nossa porta que os cidadãos vão bater em primeira instância. É de nós que os cidadãos esperam medidas responsáveis e preventivas”, apontou a autarca.

Das medidas em curso, Joana Pinto Balsemão destacou a requalificação das ribeiras do município e a execução do plano de paisagem do Parque Natural Sintra-Cascais, que segundo a autarca vão ajudar a “mitigar” os efeitos nocivos das alterações climáticas.

“Todas estas medidas têm vantagens que vão além da adaptação às alterações climáticas. No caso das ribeiras elas também promovem o lazer, a conectividade, a promoção da biodiversidade e o controlo dos focos de poluição. Sob esta capa das alterações surgem enormes benefícios colaterais”, sublinhou.

A implementação das ações identificadas no plano de ação para a adaptação às alterações climáticas, lançado em 2017, contempla um investimento total de 11,5 milhões de euros até 2030.