O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai formar cerca de 10 mil quadros da administração pública na área da cibersegurança, no âmbito de um memorando esta quinta-feira assinado com o Centro Nacional de Cibersegurança.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, o IPG explicou que o memorando de entendimento com o Centro Nacional de Cibersegurança prevê “a qualificação e a requalificação de cerca de 10 mil quadros da administração pública na área de cibersegurança“.

“A iniciativa surge no âmbito do programa C-Academy, do Centro Nacional de Cibersegurança, que irá juntar instituições de ensino superior e disponibilizar conteúdos e formações alinhados com o Referencial de Competências em Cibersegurança”, adiantou.

O programa C-Academy é um projeto de abrangência nacional, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, que prevê formar cerca de 10 mil peritos em cibersegurança nos próximos quatro anos. O objetivo é reforçar e atualizar as competências de segurança informática dos quadros da administração pública, referiu o IPG.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com o sítio na internet do Centro Nacional de Cibersegurança, o referencial “apresenta-se como um conjunto de conhecimentos de referência necessários para o cumprimento de funções e tarefas em cibersegurança”.

“O referencial pretende servir como documento de suporte ao desenvolvimento do setor da cibersegurança nas suas diferentes áreas, contribuindo, também, para a definição e formulação de políticas públicas nesta área”, lê-se no site.

Além de lecionar aulas, o Politécnico da Guarda vai “também contribuir para o desenho e a produção de conteúdos, alinhados com as competências definidas no Quadro Nacional de Referência para a Cibersegurança”, sendo que “toda a formação funcionará num modelo de microcréditos, através de cursos intensivos de 35 e de 70 horas”.

O presidente do IPG, Joaquim Brigas, salientou que a parceria “resulta da aposta que o Politécnico da Guarda tem feito na área das tecnologias de informação e comunicação, mais precisamente na cibersegurança, lançando formações e formalizando parcerias com empresas tecnológicas”.

“Iremos mobilizar os nossos docentes para adaptarem, criarem e lecionarem conteúdos para a qualificação de quadros, preparando-os para mitigar os riscos e impactos decorrentes de incidentes no ciberespaço”, assegurou Joaquim Brigas.

O responsável pela Cibersegurança nesta instituição de ensino superior, Pedro Pinto, considerou que “a integração do IPG na C-Academy reforça o compromisso da instituição no “contributo de uma melhor literacia digital à escala nacional“, sustentando que, “face a todas as exigências e necessidades”, o Politécnico “tem de se manter na linha da frente na área da cibersegurança”.