O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva ao arguido acusado de atirar cinco “cocktails molotov” para as escadarias da Assembleia da República, adianta o Ministério Público (MP), em comunicado.

“Na sequência de detenção, o Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial um arguido fortemente indiciado pela prática dos crimes de coação contra órgãos constitucionais, na forma tentada, dano qualificado e detenção de arma proibida“, adianta uma nota do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

“Realizado o interrogatório, o juiz de Instrução Criminal decidiu aplicar ao arguido a medida de coação de prisão preventiva”, acrescenta a nota.

A detenção do arguido, um homem de 30 anos, ocorreu na terça-feira e foi comunicada pela Polícia Judiciária na quarta-feira, que adiantou também que o arguido tem antecedentes criminais.

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A nota do DIAP recorda que os factos pelos quais o arguido está indiciado ocorreram a 2 de janeiro deste ano.

“O arguido é suspeito de, com o propósito de constranger o livre exercício das funções da Assembleia da República, se ter acercado do Palácio de São Bento e de ter lançado cinco cocktails molotov‘ para as escadarias principais”, explica o comunicado que especifica ainda que “os estragos causados obrigaram à realização de trabalhos de limpeza que tiveram um custo superior a 600 euros”.

O comunicado refere ainda que o inquérito correr termos no DIAP de Lisboa e que o MP é coadjuvado na investigação pela Polícia Judiciária.