Um relatório divulgado esta quinta-feira traz novas pistas sobre a morte inesperada da ex-princesa do Qatar, Kasia Gallanio. Dez dias após ser encontrada sem vida num resort, em Espanha, uma autópsia preliminar aponta uma paragem cardíaca como a causa da morte.

Ex-princesa do Qatar encontrada morta em sua casa em Espanha

O departamento forense do Instituto de Medicina Legal de Málaga, responsável pelo caso, descobriu várias garrafas de vodka vazias na casa de banho da habitação onde o corpo de Gallanio foi encontrada. Segundo o El Español, também havia no local embalagens de antidepressivos e grandes quantidades de outros medicamentos. Uma substância, em particular, terá chamado a atenção: o Disulfiram, utilizado no tratamento do alcoolismo crónico.

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Estes não foram os únicos resultados significativos da investigação. Foram detetados vestígios de sangue nas escadarias do resort e ainda em algumas plantas. O mistério à volta da morte da ex-princesa parece adensar-se com a descoberta de hematomas nos ombros, cuja causa ainda não foi apurada.

O relatório não determina com certeza as circunstâncias da morte de Gallanio e aguarda-se pelos resultados toxicológicos, que vão revelar se o álcool e as substâncias estão diretamente relacionadas com o óbito.

Kasia Gallanio, de 45 anos, era ex-mulher de Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, de 73 anos e tio do Emir do Qatar. O casal disputava há 10 anos a tutela das três filhas, duas gémeas de 17 anos e uma outra com 15. Em abril deste ano, uma das filhas mais velhas afirmou ter sido abusada sexualmente pelo pai entre os nove e os 15 anos de idade, acusações negadas por Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani.

As informações recolhidas inicialmente pelas autoridades apontavam uma overdose de medicamentos como a possível causa da morte, hipótese que alguns amigos próximos negaram. De acordo com o The Independent, Gallanio enfrentava problemas de alcoolismo e depressão.