No Campeonato do Mundo de Ralis, especialmente no tempo dos Grupo B, de 1982 a 1986, poucos modelos eram tão venerados como o monstruoso Audi Sport Quattro S1. Não por ser particularmente bonito e muito menos elegante, mas sim por ser extremamente potente e robusto.

A versão de homologação extraía 500 cv do seu motor com cinco cilindros em linha e 2,1 litros de capacidade, soprado por um turbo, mas o modelo que disputou o Mundial de Ralis chegou a atingir um valor consideravelmente superior. Um trunfo importante, tanto mais que o seu peso não ultrapassava os 1090 kg.

Frente a este monstro dos ralis de 1985, a Carwow opôs outro Audi, 37 anos mais moderno, mas igualmente Quattro, com motor de cinco cilindros em linha e um turbocompressor. Só que desta vez, com 2,5 litros e 400 cv, menos potência do que o seu rival e irmão, apesar de contar com algumas cartas na manga, da caixa de dupla embraiagem com sete velocidades, mais rápida do que a caixa manual com seis relações do Sport S1, ao sistema Launch Control que apressa os arranques, passando por uma ligeira vantagem no binário, uma vez que o S1 anuncia 480 Nm e o RS3 500 Nm, certamente a um regime mais favorável. Porém, dificilmente isto lhe deverá permitir superar os 485 kg que o Audi novo pesa a mais do que o antigo.

No arranque do ¼ de milha, cerca de 201 metros, o Sport Quattro vence por 0,2 segundos (11,8 segundos do S1 contra 12,0 do RS3), mas o carro que foi conduzido por estrelas como Stig Blomqvist, Hannu Mikkola e Walter Röhrl revelou-se claramente mais lento no arranque, apesar de possuir mais 100 cv e menos quase 500 kg. Tudo porque o Launch Control ainda não tinha sido inventado em 1985 e os “buracos” da caixa manual entre mudanças eram tão grandes que o S1 quase parava quando passava de caixa.

Veja no vídeo quem venceu nos arranques com partida lançada, a partir de 48 km/h e de 80 km/h, bem como no comparativo de travagem, a partir de 160 km/h.

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